Politécnico

Instituto Politécnico da Guarda foi embrião do projeto
Unesco aprova Geopark Estrela
geopark_estrela.jpgO Conselho Executivo da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reconheceram este mês o Geopark Estrela como Geopark Mundial. O projeto que teve a sua génese no Instituto Politécnico da Guarda que soube envolver os diferentes municípios neste projeto, teve agora a decisão final juntando-se, em Portugal, ao Açores UNESCO Global Geopark, ao Arouca UNESCO Global Geopark, ao Naturtejo da Meseta Meridional UNESCO Global Geopark (o primeiro geoparque português) e ao Terras de Cavaleiros UNESCO Global Geopark.
A candidatura começou a ser preparada em 2014 e foi formulada em 2017 com a entrega do Dossier de Candidatura à UNESCO por parte da Associação Geopark Estrela (AGE) que tem sede nas instalações do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).
"Esta classificação por parte da UNESCO faz justiça ao potencial geológico do território da Serra da Estrela, bem como ao seu património natural e cultural", afirmou Joaquim Brigas, presidente da Associação Geopark Estrela e também presidente do IPG.
"Trata-se de um primeiro passo para o desenvolvimento sustentável desta região, com o aumento do seu potencial turístico em tempos de Covid-19 e, por consequência, do crescimento económico e social dos municípios que dela fazem parte".
A Associação Geopark Estrela é composta por nove municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra - Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia - e, também, pelo Instituto Politécnico da Guarda e pela Universidade da Beira Interior (UBI).
A presidência da Associação Geopark Estrela é assegurada pelo Presidente do IPG e a vice-presidência pelo Reitor da UBI.
"O Instituto Politécnico da Guarda está empenhado na investigação científica deste território para disponibilizar o melhor conhecimento possível das suas características e das suas potencialidades geológicas e paisagísticas", afirma Joaquim Brigas.
A formação de quadros especializados para a preservação ecológica, a proteção ambiental e a gestão do turismo são hoje uma prioridade para o IPG: "Estamos a dar resposta às necessidades que precisam de ser colmatadas para conseguirmos manter a área da Serra Estrela protegida e fazermos um bom uso dos recursos disponíveis".
O papel dos municípios da região também é destacado pelo presidente da Associação Geopark Estrela. "Todos os municípios envolvidos neste projeto, bem como o seu Conselho Científico, foram fundamentais para a classificação que agora foi formalizada", afirmou Joaquim Brigas. "E deve ser também destacado o trabalho da equipa executiva, sedeada no Instituto Politécnico da Guarda, sem o qual este resultado não teria sido possível".
Segundo o presidente do IPG, durante estes anos todos abraçaram o projeto de forma empenhada e, pelo seu trabalho, conseguiram superar as dificuldades que foram surgindo. "Todos - incluindo cidadãos, investigadores, técnicos, funcionários, autarcas, políticos, empresários, etc. - se empenharam em servir a região da Serra da Estrela, as suas populações, a paisagem e o ambiente", sublinha Joaquim Brigas.
A partir de agora, "só com um foco semelhante na divulgação do território, do seu património natural e dos seus produtos endógenos será possível continuar a contribuir para o desenvolvimento da Serra da Estrela", afirma o presidente da AGE. "A promoção, valorização e defesa do território, do seu património geológico e cultural, o desenvolvimento de atividades económicas locais e a organização de ações de sensibilização e de cooperação com outras entidades são fulcrais para dar, a partir desta classificação, continuidade ao trabalho desenvolvido", afirmou.


 
 
 
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