Ensino Superior
Governo congela vagas
O Governo congelou o número de
vagas para cursos do Ensino Superior para o próximo ano lectivo,
que não vão aumentar em relação a 2011-2012, a menos que as
instituições consigam provar a empregabilidade dum curso.
O despacho que regulamenta a
fixação das vagas para o Ensino Superior foi publicado na página da
Direcção-geral de Ensino Superior (DGES) e determina que o número
de vagas para cada universidade ou politécnico "não pode exceder a
soma das vagas fixadas para essa instituição para o ano lectivo de
2011-2012".
A DGES poderá autorizar mais vagas
em "situações particulares": quando as instituições consigam provar
que os alunos de um determinado curso têm menos probabilidades de
ir parar ao desemprego.
O Governo recomenda às
universidades e politécnicos que "redistribuam" as vagas que têm
disponíveis para poderem aumentar o número de alunos nos cursos de
"Ciências, Matemática, Informática e Engenharia".
Por outro lado, impõe às
universidades e politécnicos que reduzam em pelo menos 20 por cento
o número de vagas nos cursos de professor do ensino básico e
educação de infância, onde identifica "excesso de oferta".
Devem também ser reduzidas as vagas
nos mestrados de habilitação profissional para a docência.
Nos cursos de Medicina, a oferta em
2012-2013 deve ser igual à deste ano lectivo.
No despacho, o executivo diz ainda
às instituições de ensino superior que não devem ter no próximo ano
lectivo mais cursos do que tiveram este ano, salvo um conjunto de
excepções, como sejam cursos leccionados à distância.
O Governo decidiu também que não
serão financiadas novas admissões em cursos que neste ano lectivo
tenham tido menos de 20 inscrições ou menos de 40 desde o ano
lectivo de 2009-2010.
O despacho impõe também que não
podem ser abertos cursos com menos de 20 vagas, a não ser em cursos
preparatórios de Artes, ou resultantes de protocolos
internacionais, que não sejam financiados pelo Estado ou quando se
prove a sua "especial relevância", entre outras excepções.
Para pedirem à DGES a apreciação do
aumento de vagas num determinado curso, as instituições terão que
provar primeiro que não têm vagas a libertar em cursos que não
ficaram completamente preenchidos.
Para o cálculo da empregabilidade,
devem usar como referência os números da Direcção-geral de
Estatística e Ciência, que registam o número de desempregados por
curso inscritos nos centros de emprego.
Deverão provar que "o nível de
desemprego nesse curso é inferior ao nível médio de desemprego dos
diplomados com um curso superior".