Cursos na Portucalense
Mais mulheres precisam-se
A Universidade Portucalense (UPT)
quer atrair mais mulheres para a frequência dos seus cursos
tecnológicos e assim contrariar a actual tendência de afastamento e
desinteresse do público feminino pela área das tecnologias de
informação.
O Departamento de Inovação, Ciência
e Tecnologia da UPT alerta que a escassez de mulheres a apostarem
na construção de carreiras nesta área é um fenómeno de proporção
mundial e uma preocupação partilhada por organismos como as Nações
Unidas e a Comissão Europeia, bem como por empresas de referência
do sector, como a Microsoft e a IBM.
"Queremos contribuir para o desafio
que está a ser lançado no plano internacional e que passa por
combater o estereótipo de que as profissões ligadas às tecnologias
são talhadas para homens", refere Filomena Castro Lopes, directora
do Departamento.
A mesma responsável recorda que,
num momento em que o desemprego afecta a generalidade dos sectores
da nossa economia, os cursos tecnológicos estão entre os que geram
mais oportunidades e considera mesmo que as mulheres são, por
natureza, detentoras de características muito próprias,
particularmente valorizadas na área das tecnologias.
"Na sua relação com os domínios das
tecnologias de informação, as mulheres denotam, muitas vezes, uma
criatividade, perspicácia e um poder de observação e análise
assinaláveis", sublinha Filomena Castro Lopes.
No presente ano lectivo, os cursos
de Informática da UPT, que apresentam, aliás, a mais elevada taxa
de empregabilidade entre os cursos de Informática portugueses,
contam com a frequência de apenas 2% de mulheres, face ao número de
homens que frequentam estes cursos.