1ª Coluna

Primeira Coluna
Lusofonia, um espaço a redescobrir

IMG_1620.jpgA redução do número de candidatos ao ensino superior nos últimos anos, numa tendência que teima em não ser invertida de forma significativa, tem merecido especial atenção das instituições de ensino superior portuguesas. O espaço lusófono começou, há alguns anos a esta parte, a ser visto como um mercado importante, numa perspetiva de cooperação com universidades e politécnicos desses países e de captação de alunos estrangeiros para as licenciaturas, mestrados e doutoramentos. Esta perspectiva das instituições portuguesas tem-se intensificado nos últimos anos. O Brasil, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop's) e Macau são os mais procurados, com resultados positivos para ambas as partes. A comunidade de alunos estrangeiros nas instituições portuguesas tem vindo a aumentar e o novo estatuto, aprovado no ano passado, é mais um instrumento importante para a captação dos novos públicos. A última edição da Feira Internacional de Educação de Moçambique, onde o Ensino Magazine esteve presente, é um exemplo da determinação das instituições de ensino superior portuguesas. Foram muitas as que marcaram presença nesse certame, como no encontro internacional de reitores. Esta aposta na Lusofonia não é nova para o Ensino Magazine. Desde o número zero que defendemos uma educação sem fronteiras nem tabus. É assim que vemos o ensino, numa rede global e livre. Foi com base nessa perspetiva que estabelecemos protocolos com instituições de referência em muitos desses países, casos da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), Escola Portuguesa de Moçambique, Escola Portuguesa de Macau, ou a associação mexicana Cepa Gratia. Para breve esperamos assinar protocolos com a universidade de Zambeze e com o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia, ambos de Moçambique. É também por isso, que o Ensino Magazine chega a todos esses países, numa distribuição focada e efetiva, de modo a que as notícias sobre as diferentes instituições circulem também elas sem fronteiras. O esforço que temos vindo a desenvolver é grande. O económico também. Mas mantemo-nos determinados em participar neste processo de mudança e em desempenhar um serviço público. Entendemos que este contributo é importante para todas as instituições de ensino e para Portugal e para os países onde já chegamos. Em Moçambique tivemos o reconhecimento do trabalho já realizado pelos vários ministros que visitaram o nosso stand e que connosco conversaram. Um reconhecimento que Portugal também deveria ter em conta por aqueles que são os seus representantes, como os embaixadores. Macau foi um excelente exemplo de como a comitiva foi recebida. Em Moçambique também, mas o senhor embaixador não gostou do título do nosso jornal e disse-o para que a comitiva da Fundação AIP o ouvisse. É a vida. Felizmente que para nós, a missão que fizemos a mais de 10 mil quilómetros de distância não se resume a um título, nem é passível de qualquer tipo de pressão. Os nossos leitores assim o exigem.

 
 
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