Aveiro e Setúbal colaboram
Rastreio de linguagem
Em cinco minutos apenas permite que
pais, assim como, profissionais de saúde e educação identifiquem se
as crianças entre os 3 anos e os 5 anos e 11 meses têm ou não
adquiridas as competências de linguagem e fala típicas para a
respetiva idade. O instrumento chama-se Rastreio de Linguagem e
Fala (RALF), é o único preparado para crianças que tenham o
português-europeu como língua materna e foi desenvolvido por
investigadoras da Universidade de Aveiro (UA) e do Instituto
Politécnico de Setúbal (IPS) com o apoio da Fundação Calouste
Gulbenkian. "A grande mais-valia deste instrumento é permitir
a realização de um rastreio de linguagem e fala de forma rápida que
ajude os profissionais de saúde e de educação a perceber se a
criança já adquiriu as competências de linguagem e fala
fundamentais para a sua idade", explica Marisa Lousada, uma das
terapeutas da fala e investigadora que desenvolveu o RALF. A
diretora de Curso da Licenciatura em Terapia da Fala da UA diz que
"o instrumento tem exemplos concretos que ajudam a clarificar os
diferentes itens em análise, sendo esta também uma
vantagem". Os profissionais que trabalham com crianças em
idade pré-escolar podem agora facilmente encaminhar as crianças que
deverão realizar uma avaliação por parte de um terapeuta da fala.
"A atuação ao nível da prevenção permite uma identificação das
perturbações em fase inicial evitando o insucesso escolar, na
medida em que uma grande percentagem de crianças com perturbação na
aprendizagem da leitura apresentou previamente uma perturbação da
linguagem oral", reporta Ana Mendes, investigadora e docente do
IPS.