Politécnico

Setúbal: Recursos humanos são “pedra de toque”
Turismo em debate no IPS

Fernanda Rollo_SE.JPGA Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior Politécnico com Cursos de Turismo (RIPTUR) e o Turismo de Portugal reuniram, no início de junho, no Politécnico de Setúbal (IPS), e traçaram um programa de trabalho tendo em vista a necessidade de reforçar a investigação e a formação de recursos humanos para o setor.
"Vivemos um momento muito positivo mas continuamos a ter desafios e o principal tem a ver com o facto de termos mais 55 mil novos postos de trabalho criados no setor - 75 mil ao todo, nos últimos dois anos - e, se juntarmos todas as pessoas formadas, pelos politécnicos, Turismo de Portugal, universidades, IEFP, não temos que chegue para cumprir esta quantidade", alertou Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, no decorrer de um seminário/workshop promovido pela Escola Superior de Ciências Empresariais.
Segundo o responsável, os recursos humanos são a "pedra de toque" do que será a "competitividade do turismo português no futuro" e só uma "atuação concertada" entre todos os que têm responsabilidades no setor poderá garantir que Portugal possa subir na lista dos destinos mais competitivos do mundo, onde ocupa atualmente o 14.º lugar.
Criada em novembro de 2016 por 16 institutos politécnicos do país, entre os quais o IPS, a RIPTUR deu, entretanto, origem ao Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR). Um "braço armado", como lhe chamou o seu coordenador, José Sancho Silva, que tem atualmente no terreno cerca de 200 pessoas, distribuídas por seis polos regionais.
Nesse sentido, concluiu Luís Araújo, "da parte do Turismo de Portugal, temos toda a disponibilidade e, mais do que isso, todo o interesse, em que esta relação com a RIPTUR, bem como com os politécnicos que estão nos territórios, seja o mais proveitosa possível".
O seminário/workshop foi encerrado pelo presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, e pela secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, que classificou a RIPTUR como "um caso de sucesso incrível", que apenas carece de "mais visibilidade", e apelou a que se olhe com mais atenção para as escolas profissionais e, concretamente, para a formação na área do turismo, aquela que é mais "dramática em matéria de não prossecução de estudos".

 
 
 
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