Universia 2018
Marcelo e Filipe VI defendem universidade na era digital
O Presidente da República, Marcelo
Rebelo de Sousa, e o Rei de Espanha, Filipe VI, destacaram, na
sessão de abertura do Encontro Internacional de Reitores, promovido
em Salamanca pelo Banco Santander e pela Universia, a
importância das instituições de ensino superior na era digital e
aquilo que esta nova realidade pode significar.
O Chefe de Estado Português
considera que não "há educação sem coesão" e que "onde não há
coesão, há populismos, xenofobia e demagogia", pelo que na sua
perspetiva ao estar-se a trabalhar para a educação está-se a
trabalhar para a coesão.
Marcelo Rebelo de Sousa criticou as
universidades fechadas sobre si próprias, e lembrou que a
universidade deve ser 4.0. Não só na perspetiva de usar o digital,
mas também de o compreender e de trabalhar em rede, de forma
nacional, transcontinental e mundial.
O Presidente da República lembrou
que "estamos a formar alunos para um mundo em que a constante é a
mudança". Por isso, defende que as universidades sejam capazes de
antecipar os desafios, "com investigação em rede, com novos
métodos, com políticas públicas de consenso de regime. Educar não é
tarefa de um Governo, dos partidos ou dos sindicatos. É algo
universal", referiu.
Já Filipe VI sublinhou que a
"universidade é uma instituição que tem a capacidade de nos levar
para horizontes mais amplos, que permite que as reformas se façam a
tempo, que amadureçam e se consolidem".
O Monarca lembraria que "é
necessário reivindicar e defender a importância e o prestígio da
universidade e garantir-lhe todo o apoio necessário para que no
século XXI possa seguir desenvolvendo um papel pioneiro no ensino,
na investigação e na transferência de conhecimento à sociedade. Mas
este papel exige reformas e atualizações", disse, dando como
exemplo a era digital, que "obriga a reorientar a visão da educação
no ensino superior. Necessitamos de novas ideias que permitam
oferecer soluções sólidas para o presente e para o futuro".
O Rei de Espanha terminaria o seu discurso com a mesma ideia de
partilha com que Marcelo Rebelo de Sousa abordou a questão de
trabalhar em rede. "Devemos fazer isso (a procura de novas ideias e
de novas soluções) sendo mais proativos que reativos, criando
espaços de cooperação. Porque a universidade é sinónimo de
universalidade e num mundo digital é importante, mais que nunca,
abrir as fronteiras do conhecimento e partilhar experiências
(...)".