Última

Carreira docente
Ministro recua na progressão

ministrodaeducacao.JPGO ministro da Educação retirou a proposta de contabilizar cerca de dois anos para progressão na carreira docente, após não ter chegado a acordo com os sindicatos que exigiam nove anos de contagem. Em causa está o tempo em que a progressão das carreiras foi suspensa, uma medida que afeta milhares de docentes em todo o país.
Tiago Brandão Rodrigues disse, no dia 4 de junho, que não havendo acordo com os sindicatos face ao tempo a contabilizar para a progressão na carreira docente, tudo vai ficar como estava. Significa isto que a proposta de contagem de dois anos dos cerca de nove em que a progressão esteve suspensa, foi tirada de cima da mesa das negociações pelo Ministério.
O ministro disse isso mesmo, ao fim da ronda de reuniões com os diferentes sindicatos: a falta de acordo "significa ficar tudo como estava".
Desta forma os professores não vão ver contabilizados para efeitos de progressão na carreira nem os nove anos, quatro meses e dois dias que os sindicatos reclamam desde o início das negociações, nem os dois anos e nove meses propostos pelo Governo.
"A partir do momento em que as organizações sindicais não avançaram e não deram nenhum passo depois de o Governo ter dado um passo, não existem condições neste momento para se proceder a um acordo e irmos para a negociação formal", considerou Tiago Brandão Rodrigues.
Aos jornalistas, o ministro recusou a ideia de ter feito qualquer "ultimato aos sindicatos (…) Estou desapontado por não ter havido nenhuma aproximação, o que fez claramente com que neste momento o Governo entenda que não existem condições para que se possa chegar a um acordo nesta negociação", disse.
Como o Ensino Magazine havia referido, o Ministério da Educação não deu margem de manobra aos sindicatos no que respeita à contagem de tempo de serviço dos docentes. Em declarações à imprensa, e após uma reunião com a tutela, Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), considerou "uma chantagem" a forma como o ministro da Educação quis negociar.
Durante o dia 4 de junho, e após ter reunido com o Tiago Brandão Rodrigues, Mário Nogueira referia que o ministro apresentara aos professores apenas duas hipóteses: ou os sindicatos aceitam a proposta da tutela - menos de três anos - ou terminam as negociações sobre esta matéria sem recuperação de qualquer tempo serviço.
De acordo com Mário Nogueira, Tiago Brandão Rodrigues terá dito aos representantes da Fenprof "que se os sindicatos não aceitarem apagar 70% do tempo de serviço e aproveitar do tempo congelado apenas dois anos, nove meses e 18 dias então, a partir de agora, a proposta do Governo desaparece e apaga-se o tempo todo". Foi o que aconteceu ainda no dia 4 de junho.
Perante estes factos, a Fenprof contactou outras estruturas sindicais, entre as quais a Federação Nacional da Educação, tendo chegado a acordo para manter a greve às avaliações a partir do dia 18, cujo pré-aviso de greve já foi entregue.
A Lusa adianta também que "as estruturas sindicais acordaram ainda a hipótese de os professores poderem avançar para uma greve aos exames nacionais assim como às aulas que ainda estão a decorrer até ao final do ano letivo e a tarefas burocráticas, como o lançamento de notas".

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO