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Secretária de Estado da Ciência afirma
Jovens «cérebros» não podem emigrar

A secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, afirmou, no passado dia 17 de maio, que é muito importante para o Portugal que os jovens "cérebros" não emigrem, porque é essa geração que pode salvar o país da atual crise.

"Temos uma geração muito bem preparada, quer de engenheiros quer de cientistas, é essa geração que pode salvar o país a longo prazo, é muito importante para nós que eles não saiam", frisou Leonor Parreira, em declarações aos jornalistas, após uma deslocação à sede da empresa do Grupo Sinergiae, em Coimbra, que trabalha para a Agência Espacial Europeia.

Antes, a secretária de Estado afirmara que "não há receita total" para evitar que os jovens saiam do país, nem se pode impedir que o façam", pois, "por serem competitivos são alvo do interesse de outros países", o que se tem de fazer é "pedir que não saiam".

"Não é exatamente um apelo, é a constatação de que, para o país, a saída da sua massa crítica em Ciência e Tecnologia, especificamente os melhor preparados, os mais competitivos, é o problema maior", clarificou.

Para a governante, "não se trata de um pedir preguiçoso" nem cabe ao Governo dizer "por favor não saiam", mas sim "arranjar condições, por na prática instrumentos que incentivem a ficar em Portugal", numa altura em que o país "precisa de talento" para sair da crise.

A secretária de Estado referiu os incentivos que foram criados através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), com o reforço de verbas para "bolsas de formação avançada, projetos de investigação científica e emprego científico".

"São os sinais que podemos dar aos melhores de que o país está a apostar neles, que vai alocar tudo o que tem neles, é a única coisa que se pode fazer, não é dizer não saiam se fazem favor", disse.

Leonor Parreira sublinhou que o foco dos fundos públicos será "atividades de excelência, quer indivíduos quer instituições" e considerou ser esse "o melhor dos incentivos" para que os jovens "cérebros" não emigrem.

"Qualquer país depende, para o seu próprio desenvolvimento económico, da robustez da sua Ciência e Tecnologia", disse, acrescentando que "boa Ciência e boa Tecnologia fazem-se com recursos humanos altamente qualificados".

 
 
 
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