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CeteMares arranca em Peniche
A Escola Superior de Turismo e
Tecnologia do Mar (ESTM), do Instituto Politécnico de Leiria (IPL),
vai iniciar a construção do edifício do projeto CeteMares, a curto
prazo, disse o presidente da instituição, Nuno Mangas.
O CeteMares será coordenado pelo
Grupo de Investigação em Recursos Marinhos (GIRM) e estará
localizado no porto de pesca de Peniche.
Esta unidade adotou os recursos
marinhos e a biotecnologia marinha como linhas de investigação
principais e tem como missão a criação, o desenvolvimento e
aplicação do conhecimento associado aos recursos marinhos, de forma
a promover a inovação na sua utilização e contribuir para o
desenvolvimento de novos produtos.
"O espaço permite o desenvolvimento
de atividades nas áreas da aquacultura, pescas, biotecnologia
marinha, tecnologia alimentar e biologia e ecologia marinhas",
adiantou Nuno Mangas.
Segundo o responsável, estas áreas
serão "desenvolvidas sempre em parceria com instituições e
empresas, desenvolvendo investigação aplicada para responder a
problemas concretos do tecido empresarial e industrial, das
autarquias e de outras entidades públicas e privadas".
O projeto, que representa um
investimento de três milhões de euros, suportado com fundos do
Quadro de Referência Estratégica Nacional, no âmbito do Programa
Mais Centro, "assumirá um caráter inovador e singular no contexto
das zonas portuárias nacionais".
Para Nuno Mangas, "a importância
estratégica do Porto de Pesca de Peniche, que é um dos mais
importantes a nível nacional em termos de valor de pescado
descarregado em lota, justifica a existência de uma infraestrutura
de cariz científico e tecnológico e de apoio às atividades
económicas da fileira da pesca".
O responsável considera que a
infraestrutura será "relevante para o desenvolvimento do IPL, a
curto prazo, na área das ciências do mar", e "contribuirá para o
aumento da sua atratividade".
Nuno Mangas referiu ainda que o
CeteMares é um projeto "estruturante" para o instituto, uma vez que
o IPL está a fazer "uma aposta forte na investigação científica de
suporte aos mestrados e aos doutoramentos e também de suporte à
investigação aplicada".
A infraestrutura destina-se
"fundamentalmente" a investigadores, "que podem ser professores da
escola, bolseiros de investigação, estudantes de mestrado que
desenvolvam a sua tese integrada em projetos de investigação ou
investigadores convidados".