Museu da Presidência da República
A arte de Maria Keil
Azulejo, mobiliário, pintura, gravura,
figurinos ou tapeçaria. Maria Keil deixou a sua marca através
destas e de outras formas de expressão, que a catapultaram para a
lista dos nomes maiores da arte portuguesa do último século. O
essencial da obra da artista plástica está reunido em Castelo
Branco até 29 de junho, no antigo edifício dos CTT.
A exposição surge através de uma
parceria entre o Museu da Presidência da República e o município
albicastrense, que gere o espaço dos antigos CTT.
A retrospetiva de Maria Keil tem
andado pelo país mas Castelo Branco é a primeira localidade a
receber dois painéis com azulejos que a artista criou para as
estações de metropolitano do Intendente e de Picoas, que fazem
parte da coleção do Museu Nacional do Azulejo.
Os azulejos do metro de Lisboa,
desenhados na década de 1950, vão buscar inspiração ao século XVI,
explica Alexandre Tojal. O comissário da exposição diz que Maria
Keil "fez a leitura do seu tempo mas buscando inspirações da nossa
tradição cultural e artística".
A artista tornou-se conhecida pelas
ilustrações e a azulejaria mas também emprestou o seu traço aos
figurinos do bailado "A Lenda das Amoreiras", com que a companhia
Verde Gaio se estreou em 1940. Os quatro trajes de cena, que são
património do Museu Nacional do Teatro, também estão em Castelo
Branco.
Luís Correia, o presidente da
Câmara Municipal de Castelo Branco, sublinhou a importância da
exposição, que na sua opinião contribui para que a cidade seja uma
referência em termos culturais no país. O autarca destacou a
dinâmica cultural que a Câmara de Castelo Branco tem implementado,
bem como o projeto que está a ser desenvolvido, numa lógica de
dinamização cultural de todo o concelho, com o envolvimento das
associações e grupos locais, mas também as próprias pessoas.
Em aberto ficam novas colaborações
com o Museu da Presidência da República, que regressou ao edifício
dos antigos CTT, onde em 2011 tinha promovido a exposição
"Portugal, Pontos de Fuga".