Nas escolas portuguesas
Segunda língua obrigatória
O ministro da Educação afirmou no
passado dia 20 de maio que a União Europeia pretende aumentar a
cooperação com universidades africanas e asiáticas, nomeadamente
com a China, e admitiu que o ensino de uma segunda língua
estrangeira possa vir a ser obrigatório.
As posições de Nuno Crato foram
assumidas em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem da
reunião do Conselho de Educação.
O governante português adiantou que
a introdução de uma segunda língua estrangeira obrigatória nas
escolas é uma hipótese em cima da mesa entre os 28 Estados-membros
e admitiu a possibilidade de o ensino de inglês ser alargado de
cinco para sete anos.
"Como sabem nós transformámos o
inglês em língua obrigatória ao longo de cinco anos de
escolaridade, foi uma decisão deste Governo, e estamos a estudar a
possibilidade de esse ensino obrigatório ser introduzido mais cedo
e ser estendido a sete anos", disse.
Sobre a possibilidade de ser
introduzida uma segunda língua estrangeira entre as disciplinas
obrigatórias, Nuno Crato afirmou que os ministros europeus têm a
ambição de estender a medida "a todos os países".
"Temos a possibilidade de estudar
alemão, estudar espanhol, estudar francês, como segunda língua e
surgiu recentemente a possibilidade de estender o mandarim como uma
das disciplinas opcionais a ter no ensino secundário e talvez mesmo
no ensino básico", disse.
Outros dos pontos de discussão foi
"o reforço da internacionalização das universidades europeias",
especialmente com "vários países africanos e asiáticos com os quais
a Europa tem preocupação especial de cooperação, nomeadamente com a
China".
Neste ponto, o ministro da Educação
sublinhou a importância da recente viagem do Presidente da
República à China.
"Tive a oportunidade de informar o
Conselho dos nossos esforços recentes em diálogo com os
responsáveis chineses para termos uma maior cooperação de nível
universitário e de ensino em geral. É muito significativo que entre
os muitos acordos assinados na recente viagem presidencial à China
o ensino e a ciência tenham surgido como temas essenciais de
acordos assinados na presença dos dois presidentes",
considerou.