Universidade

Universidade da Beira Interior assinala 29 anos
Reitor alerta para subfinanciamento

UBI5.jpgO subfinanciamento das universidades e a aposta na captação de estudantes internacionais marcaram o 29º aniversário da Universidade da Beira Interior, assinalado a 30 de abril, este ano com a presença de antigos alunos do Ensino Superior da Covilhã, que começou em 1975.

"Tenho chamado a atenção para esta injustiça que é o financiamento unicamente baseado no histórico e não na realidade vigente das instituições mediante uma fórmula de financiamento", salientou o reitor, António Fidalgo, que continuará a "pugnar por um financiamento baseado numa fórmula, e não é só por nos ser mais favorável, mas porque é muito mais justo e adequado ao desenvolvimento das instituições de Ensino Superior".

Os constrangimentos financeiros não impediram, no entanto, investimentos que, com esforço deverão continuar. Foram lançados projetos no valor de três milhões de euros, para apetrechar laboratórios e o UBIMedical abriu portas. "Com esta infraestrutura, a UBI e a região estarão em muito melhores condições para elaborar boas candidaturas aos programas do Centro 2020 e de dar um contributo significativo ao relançamento da economia da região sobre novas bases", lembrou António Fidalgo.

ubi1.jpgO reitor da UBI quer também lançar outras bases, mas para fora do país. A aposta é na internacionalização. Com o excesso de oferta formativa no Ensino Superior em Portugal, atrair estudantes do estrangeiro, em especial, dos países lusófonos pode ser uma solução.

No mestrado integrado de Engenharia Civil da UBI foram os alunos estrangeiros que permitiram manter o curso dentro da oferta do Concurso Nacional de Acesso. "Foi um esforço extraordinário na sua captação, mas que valeu bem a pena. E assim continuaremos, fazendo frente à grave crise demográfica, com a captação de alunos de todas as partes do mundo, em particular do mundo lusófono", concluiu o reitor.

Já João Queiroz, diretor-geral do Ensino Superior e ex-reitor da instituição, destacou importância da internacionalização, mostrando-se otimista. "Destaco três categorias de ações que me parecem ir ao encontro dos desafios e estratégias do Ensino Superior: a promoção da mobilidade dos estudantes, professores, investigadores e pessoal não docente; a promoção e internacionalização dos curricula dos cursos e da aprendizagem digital e o incentivo à cooperação estratégica, parcerias e o reforço das capacidades institucionais", concluiu.

Rodolfo Pinto Sousa
 
 
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