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Os riscos do Radão

radao.jpgNo âmbito de uma tese de doutoramento em Geologia intitulada "Controlo geológico e mineralógico da radioatividade natural: um estudo na região de Trás-os-Montes e Alto Douro", desenvolvida pela doutoranda Lisa Maria Martins e orientada pelos professores Elisa Preto Gomes (UTAD) e Alcides Pereira e Luís Figueiredo Neves (Universidade de Coimbra), foi medida a presença de Radão na Região de Trás-os-Montes.

O radão é um gás incolor, inodoro e insípido sendo "considerado um importante fator de risco para a saúde humana, também reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como a segunda causa de cancro do pulmão na população depois do tabaco e a primeira para não fumadores".

A área selecionada para este estudo radiológico compreende duas cartas geológicas 1: 50 000 representando uma área de 1280 km2, que abrange uma grande variedade de rochas que se distribuem pelos concelhos de Vila Real, Sabrosa, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Chaves, Valpaços, Murça, Alijó e Carrazeda de Ansiães.

Neste trabalho foi realizada uma avaliação do fundo radiométrico, das atividades de rádio e radão, emanação e produção de radão em rochas, da concentração de radão nos solos e na atmosfera interior em 269 edifícios. Segundo Lisa Martins, trata-se de um estudo pioneiro em Portugal "porque estuda a origem do radão".

Os dados foram obtidos através da medição em habitações durante o inverno, altura em que se verifica uma maior concentração de calor em espaços confinados, devido ao aquecimento artificial dos edifícios, com detetores disponibilizados pelo Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade de Coimbra. As análises foram também realizadas por este laboratório.

 
 
 
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