António Fidalgo critíca subfinanciamento
UBI está mais internacional
O reitor da Universidade da Beira
Interior, António Fidalgo, voltou a alertar, durante o
32º aniversário da UBI, para o
subfinanciamento de que aquela academia tem sido alvo por parte da
tutela. "Quero sublinhar em 2017 o agudizar do subfinanciamento da
universidade em sede de Orçamento de Estado. Este Relatório de
Atividades e Contas é a melhor justificação a posteriori para a
decisão tomada em agosto de 2017 de não submeter na plataforma da
DGO uma proposta de orçamento para 2018. Havia uma impossibilidade
de acertar despesas e receitas e, portanto, de fechar a
submissão".
No seu discurso, António Fidalgo
recordou que "relativamente a 2017 houve necessidade de recorrer a
617 mil euros dos saldos de gerência anteriores para fechar o ano.
O esforço financeiro da UBI em receitas próprias para cobrir as
despesas de pessoal subiu de 5.131 milhares de euros para 5.548
milhares. As reposições salariais, que obviamente saúdo em si, não
foram cobertas integralmente por transferências do OE como foi
contratualizado com o Governo em Julho de 2016. Longe disso. Há uma
tendência por parte do Ministério das Finanças para que as
reposições salariais sejam feitas com recurso substancial aos
saldos das universidades, obviamente daquelas que os têm. Daí que,
havendo uma discriminação histórica no financiamento da UBI, a
exigência de aumentar o esforço financeiro próprio para repor
salários não só reflete uma injustiça como é também uma
iniquidade".
Ainda assim, António Fidalgo diz que a UBI é uma
universidade sólida "pela capacidade de atração de novos alunos e
pelo maior sucesso no combate ao abandono escolar". O reitor da UBI
destacou ainda a capacidade de atração "de novos alunos e pelo
maior sucesso no combate ao abandono escolar. O aumento de 3,5 % no
número de alunos, de 7014 para 7262, ao longo do ano civil de 2017,
é significativo e deve-se a esses dois factores, que se
interligam". Também os alunos internacionais cresceram e "ano após
ano, aumentam a sua percentagem no corpo discente da universidade,
sendo já de 15% e, assim, nos dão confiança para fazer face ao
decréscimo de 30% na juventude portuguesa de 18 anos de idade até
2030".
O reitor da Universidade da Beira interior recordou também
a imagem da própria academia, quer em termos nacionais, quer
internacionais, "surgindo em diversos rankings, nomeadamente nos do
Times Higher Education (…). A melhoria da imagem está também
associada a uma maior profundidade da identidade da UBI.
Estudantes, funcionários e professores assumem com crescente
orgulho a sua pertença à UBI e isso é um elemento charneira na
perceção positiva que externamente se faz da nossa
universidade".
A sessão solene encerrou com a intervenção do presidente
do Conselho Geral, José Ferreira Gomes, e do presidente da
Associação Académica da Universidade da Beira Interior, Afonso
Gomes, bem como homenagens a alunos, docentes e funcionários, como
a Outorga de Cartas de Agregação, a imposição de insígnias
doutorais, a entrega de medalhas a docentes e funcionários que
completaram 20 anos de serviço e a entrega de prémios de mérito
escolar a alunos do 1.º Ciclo/Mestrado
Integrado que terminaram o curso em 2016/2017.
O Ensino Magazine entregou também uma bolsa de mérito monetária,
à aluna Sara Daniela da Silva Alves, uma das alunas com média mais
elevada da instituição.