Escola Superior Agrária
João Pedro Várzea é diretor
Vinte anos depois, João Pedro
Várzea volta assumir o cargo de diretor da Escola Superior Agrária
de Castelo Branco (ESACB). A tomada de posse decorreu no passado
dia 30 de abril no auditório daquela escola. O professor, eleito
entre os pares, terá a seu lado Isabel Castanheira como
subdiretora.
O novo diretor recordou ao canal de
televisão do Instituto Politécnico de Castelo Branco que são muitas
as diferenças entre o período que foi diretor, há 20 anos, e hoje.
Os desafios também são diferentes. "Quando fui diretor desta escola
há 20 anos havia um conceito de autonomia das unidades orgânicas,
quer do ponto de vista financeiro, pedagógico ou científico. Essa
autonomia permitia às escolas tomarem as decisões dos investimentos
a realizar. Hoje tudo está diferente, a autonomia financeira está
ao nível do instituto, pelo que as direções das escolas têm pouca
tomada de decisão daquilo que devem ser os gastos e daquilo que é
necessário fazer", disse.
Na mesma entrevista, João Pedro
Várzea recordou que "a escola chegou a ter 1400 alunos, hoje tem
pouco mais de 400. A questão é da escola? Não, a questão é da nossa
localização geográfica. Mas a essa não podemos fugir. A nossa
população jovem está no litoral e temos que tentar trazê-los para
cá, o que não é fácil. É algo que se faz lentamente e com uma
eficiência relativa". O novo diretor da ESA destacou ainda a
qualificação dos professores e a investigação que tem vindo a ser
feita: "temos a maior parte dos docentes com o doutoramento
realizado, muitos professores a fazer investigação científica em
vários centros do país e esse é um ponto forte. O outro é estarmos
em Castelo Branco". De caminho fala da prestação de serviços da
escola à comunidade: "a prestação de serviços tem sido sempre
mantida. Mas parte dessa prestação envolve necessidades financeiras
e nem sempre a produção agrícola permite isso. Quando tínhamos
disponibilidades financeiras era a escola que avançava para a
gratuitidade de algumas análises e da prestação que fazíamos. Tenho
esperança que toda a comunidade da escola trabalhe no sentido de a
manter e de a fazer crescer de novo".
Na cerimónia, o presidente do
Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes,
aproveitou para agradecer aos diretor e sub-diretor cessantes,
Celestino Almeida e Francisco Frazão, o trabalho e o espírito de
missão com que serviram a instituição. António Fernandes mostrou a
sua total disponibilidade, bem como do vice-presidente o IPCB, Nuno
Castela, e da administradora do IPCB, Maria Eduarda Rodrigues, para
a realização de trabalho em conjunto.
Já o vice-presidente da Câmara de
Castelo Branco, José Augusto Alves, citado em nota de imprensa do
IPCB, salientou que "o instituto é também o nosso instituto" e o
IPCB tem um "papel fundamental para o desenvolvimento da região".
Referiu estar presente na Escola Superior Agrária com muito agrado
pois, por motivos pessoais, a escola também é importante para si.
Deixou ainda uma palavra de confiança e estímulo ao novo
diretor.
Por seu lado, o presidente do
Conselho de Representantes da Escola Superior Agrária, Francisco
Frazão, sublinhou as formações ali ministradas, da génese da sua
criação, da evolução das áreas de ensino e das transformações dos
planos curriculares ao longo dos tempos. Finalmente, Manuel Veiga,
vice-presidente do Núcleo de Alunos da Escola Superior Agrária,
manifestou apreço e gratidão pelo trabalho efetuado pelo diretor
cessante.
De referir que a cerimónia contou
com um breve momento musical pelos docentes José Raimundo e Pedro
Ladeira e incluiu a tomada de posse da nova subdiretora Isabel
Castanheira.