Indica risco de contágio
Aluno cria aplicação para Covid-19
Pedro Gomes, aluno do Instituto Politécnico da
Guarda (IPG) criou uma aplicação informática que permite aferir o
risco de contágio com COVID-19 nos espaços públicos.
Esta aplicação é destinada ao uso
por parte de entidades públicas e privadas, com movimentação de
pessoas no seu espaço, sendo o seu principal objetivo a deteção de
comportamentos de risco e a combinação dos mesmos com variáveis
ambientais e geográficas; isto de modo a determinar precisamente o
risco de contágio naquele local.
Como foi adiantado, a aplicação é
compatível com qualquer dispositivo de recolha de imagem digital
fixo, "podendo ser instalado de forma simples nos edifícios
existentes".
Este projeto, apresentado
recentemente no Hackathon Pan-Europeu, foi designado de Camlion
(Camera Learning Vision), considerando que está a trabalhar com
Machine Learning e Computer Vision.
Além de Pedro Gomes, mentor da
ideia, fazem parte da equipa Fernando Melo Rodrigues e Filipe
Caetano (docentes no Instituto Politécnico da Guarda), Pedro Coelho
(aluno no Instituto Superior Técnico e responsável técnico),
Clarissa Pereira e Dimeji Mudele (especialistas em Computer Vision)
e Leticia Lucero (investigadora de biologia molecular e
celular).
Fernando Melo Rodrigues, docente
do IPG (e professor de Pedro Gomes) referiu que "a partir das
imagens dos sistemas de vídeo-vigilância já instalados são
identificadas as pessoas através de tecnologia de Machine Learning.
Munidos destes dados e de parâmetros ambientais determina-se o
risco do espaço e representa-se o mesmo no plano. Estes dados são
armazenados numa base de dados para se analisar a evolução
histórica do risco".
Este docente do IPG acrescentou
que "com uma ferramenta como esta, os facility managers podem
conhecer para além do risco de contágio, uma série de outros
parâmetros que se podem revelar úteis na gestão diária dos espaços
públicos."
Fernando Melo Rodrigues disse
ainda docente do que Pedro Gomes "construiu e liderou uma equipa
fantástica" tendo "num curto espaço de tempo" desenhado e
implementado o protótipo.
De referir que de entre as
preocupações da equipa sobressai o esforço no sentido de ser
garantida a privacidade e assegurado que o software "não guarda
qualquer dado pessoal ou tipo de identificação", sendo que o
sistema tanto se adapta a um smartphone como a computador, gerando
alertas sempre que é verificado um significativo aglomerado de
pessoas ou indiciado um risco elevado de contágio no espaço em
causa.
Por seu turno, o presidente do
Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, realçou, o espírito
empreendedor dos alunos do IPG e a capacidade da instituição.