CASTELO BRANCO
Robótica médica na EST
Uma
investigação em Robótica Médica que está a ser desenvolvida no
IPCB/Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) vai
permitir, a breve prazo, aumentar a exactidão e precisão do
procedimento cirúrgico na área da ortopedia. A investigação é uma
aplicação robótica para a cirurgia ortopédica, nomeadamente para a
Artroplastia de Substituição da Superfície da Anca, cujo projecto,
de nome HIPROB, está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto
Superior Técnico e também com especialistas em Ortopedia.
A aplicação em desenvolvimento
baseia-se na co-manipulação pelo cirurgião e robô da ferramenta de
furação, baseada em informação obtida por ultra-sons. Segundo o
coordenador do projecto, o investigador e professor do IPCB/EST
Paulo Gonçalves, "aumenta-se assim a exactidão e precisão do
procedimento cirúrgico actual, ficando este também menos invasivo.
Actualmente, a furação da cabeça do fémur, para a colocação de um
espigão para o recobrimento da anca, é realizada de forma manual
pelo cirurgião. Desta forma aumenta-se em muito a probabilidade do
sucesso do procedimento cirúrgico.".
A equipa do IPCB/EST a trabalhar no
HIPROB desde Outubro de 2010, é coordenada por Paulo Gonçalves e
integra o docente Pedro Torres e os bolseiros de investigação Nuno
Catarino e Rui Carvalho. Entre outras fontes de financiamento, o
projecto HIPROB conta com o apoio da Fundação para a Ciência e
Tecnologia.
Paulo Gonçalves recorda que a
Robótica tem evoluído exponencialmente nos últimos anos sendo hoje
em dia companhia de crianças e adultos, em actividades de lazer e
trabalho diário. "Na indústria são inúmeras as aplicações em
Portugal e recentemente chegou à sala de operações de um Hospital
em Portugal o robô comercial mais avançado do mundo, o DaVinci. Mas
em Portugal também se concebem aplicações robóticas na área médica
em várias universidades do país e no Instituto Politécnico de
Castelo Branco em particular pelo que é um privilégio poder
contribuir para o avanço da robótica em Portugal e que esse
trabalho, reconhecido pela FCT, possa ser realizado em Castelo
Branco", refere ainda o professor Paulo Gonçalves.