PROVAS REALIZADAS NA COVILHÃ
Mestrados europeus
Duas dissertações de mestrado que
representam um exercício de recuperação de duas antigas fábricas na
Covilhã, acabam de ser defendidos nas universidades da Beira
Interior e de Gdańsk e atribuíram às autoras um diploma reconhecido
nos dois países.
O primeiro trabalho da
autoria de Magda Czapuk denomina-se "Center of Tourism and
Recreation in Covilhã, Portugal - Architectural Project of
Rehabilitation". Trata-se de uma proposta arrojada para a criação
de um Centro de Turismo e Recreação nos edifícios da antiga
Tinturaria Alçada e Tinte Velho, onde se prevê criar um centro de
informação turística e de actividades desportivas "indoor",
relacionadas com as actividades de montanha. Este edifício seria
apoiado por uma zona de estacionamento automóvel de apoio na parte
exterior do edifício, com ligação adequada ao relevo e elementos
naturais e cuja cobertura ajardinada seria uma zona de lazer e a
base de partida para actividades de exploração da Serra da Estrela
como caminhadas, montanhismo e escalada.
Já Eliza Borkowska propõe a
adaptação do edifício da antiga Ultimação Estrela / Fábrica
Francisco Mendes Alçada ou Leitão & Quintela para alojar uma
Faculdade de Arquitectura e Centro Estudantil de Criatividade. Um
trabalho denominado "Architecture Faculty and Students' Creativity
Center in former textile factory in Covilhã - Architectural Project
of Rehabilitation".
Os trabalhos foram também orientados
pelos professores Magdalena Podwojewska (UTG) e Jacek Dominiczak
(UBI) e mereceram nota máxima por parte do júri. "Vejo estes
estudos com muito interesse porque nós temos um grande património
de edifícios construídos que estão desocupados e podiam ganhar
outras utilizações. A universidade tem dado exemplo disso e a UBI
tem feito um grande trabalho ao longo destes anos, no que respeita
ao aproveitamento e reabilitação desses edifícios para a instalação
das suas faculdades, como é o caso desta. Há muito caminho ainda
por fazer, mas há também já a aposta de alguns particulares em
seguir este tipo de solução. O interessante aqui é verificar que
existem pessoas em países bastante distantes e diferentes do nosso
que se interessem pelo nosso património", avança João Lanzinha,
docente da UBI.