A Escola Superior de Artes Aplicadas acaba de desenvolver um suporte para máscaras de proteção facial que pode ser impresso em impressoras 3D, ficando pronto em apenas 30 minutos.

O anúncio foi feito ao Ensino Magazine pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, o qual explica que este projeto foi desenvolvido pelo Esart Project Factory, equipa que presta apoio a projetos da licenciatura em Design de Interiores e Equipamento e do mestrado em Design de Interiores e Mobiliário da Escola Superior de Artes Aplicadas, e ainda no desenvolvimento de projetos para a comunidade.

O projeto foi desenvolvido como forma de dar resposta às necessidades de material de proteção ao coronavírus. "A viseira, aberta na parte superior, ganha forma depois de adicionados um acetato e um elástico a este elemento, o qual pode ser criado em menos de trinta minutos numa impressora 3D", refere.

Por isso, a Esart disponibiliza "o ficheiro para a impressão em três dimensões, bem como as instruções de produção, montagem e uso, através do link  https://www.thingiverse.com/thing:4257166. Assim que descarregado, basta abri-lo num software próprio e definir os parâmetros de impressão, consoante o material escolhido. Existe também uma versão adaptada  para as impressoras com menor dimensão de mesa", explica.

O Instituto Politécnico adianta que a "peça, produzida em plástico de poliácido láctico (PLA), polímero de origem biológica e biodegradável, tem a dimensão de 18 por 14,5 centímetros, pesa apenas 14 gramas. A ausência de acabamentos, para lá da remoção da película resultante da impressão, facilita a colocação do acetato. Já o não ter arestas em contato com a pele e a superfície que toca a testa ser curva evita lesões causadas pelo uso intensivo da máscara".

Na mesma nota é referido que uma das vantagens deste kit diz respeito à utilização doo recurso a materiais que podem ser adquiridos no retalho. É o caso da película transparente ou acetato, comum em encadernações no formato A4, dos elásticos de fita caseada ou de outro tipo, à venda em retrosarias, e do furador de escritório necessário para fazer os orifícios.
De acordo com o Esart Project Factory, o projeto pretende ajudar o maior número de pessoas, em particular aquelas que precisam de proteção permanente contra o Covid-19, nomeadamente médicos, enfermeiros ou funcionários de unidades de saúde.

A iniciativa está a gerar interesse nas redes sociais, sobretudo junto de técnicos e empresários da região, principais beneficiários do uso desta máscara no exercício de profissões que impliquem deslocações e um contacto regular com a população.
Após cada utilização, naturalmente que os responsáveis recomendam a limpeza dos suportes com água e sabão ou com uma solução desinfectante.