Carlos Maia com nova equipa
Os novos desafios do Politécnico de Castelo Branco
O Instituto Politécnico de Castelo
Branco (IPCB) já tem a funcionar uma nova equipa liderada por
Carlos Maia. O presidente da instituição tomou posse dia 17 de
março para mais um mandato, no auditório dos Serviços Centrais que
foi pequeno para acolher a comunidade académica.
Com ele assumiram funções dois
vice-presidentes, António Fernandes e Nuno Castela, e o novo
administrador, Joaquim Raposo. Outra das novidades anunciadas por
Carlos Maia é a de que não irá nomear administradora para os
Serviços de Ação Social.
Carlos Maia lembrou que
"a afirmação do IPCB passa também por uma reorganização da
instituição no seu todo, no sentido de se adequar às exigências
atuais, tornando-a mais forte e consistente".
No seu discurso, Carlos Maia considerou que "afirmar
o IPCB passa por termos uma instituição mais presente na
comunidade, mais próxima do tecido empresarial, com maior grau de
internacionalização".
O presidente do IPCB
lembrou que "o desenvolvimento da investigação aplicada, da
inovação e da transferência de conhecimento constitui um forte
compromisso". Carlos Maia destacou também o papel do CEDER. "Serão
criadas duas unidades de cooperação e interface, com recursos
partilhados e que funcionarão de forma articulada entre si: o
Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo e Inovação e o Centro de
Alinhamento de Competências com o tecido Organizacional".
Neste processo haverá
também uma estreita articulação com o centro de Empresas
Inovadoras.
Carlos Maia frisou que "as
prioridades para o próximo Quadro Comunitário de Apoio centram-se
no reforço da investigação e desenvolvimento, no reforço da
competitividade das pequenas e médias empresas, na promoção do
ambiente e na eficiência de recursos, no investimento na educação e
no desenvolvimento de competências ao longo da vida". Daí que no
entender do presidente do IPCB a reforma a operar "no ensino
superior em Portugal deve ser estruturante e deve reforçar a sua
importância na qualificação dos cidadãos".
O presidente do Politécnico
defendeu ser "prioritário identificar nichos de competência por
região para adequar a oferta formativa e racionalizar a rede de
acordo com as necessidades, reforçando a interação entre a escola e
a comunidade". A este propósito, Carlos Maia voltou a defender a
autonomia do Instituto Politécnico de Castelo Branco, lembrando que
"qualquer parceria em que o IPCB participe deve ter como finalidade
o reforço dos pontos fortes e a capacidade de ambos os parceiros,
para que sejam aproveitadas as oportunidades de mercado, de modo a
tornarmo-nos mais competitivos, preservando a missão e a identidade
das instituições".
Nesse sentido, Carlos Maia opta
"por alianças estratégicas, que se caraterizam por serem naturais e
dinâmicas, com focos de entendimento e acordos que permitem adotar
abordagens de cooperação complementares, e que durarão enquanto se
mantiver a eficácia e o interesse dos parceiros sobre a
oportunidade que lhes deu origem".
Na sessão solene interveio também
o presidente do Conselho Geral, Daniel Proença de Carvalho. O
advogado lembrou que as dificuldades que o país atravessa e os
desafios que as instituições de ensino superior estão a enfrentar
são "desafios relacionados com o contexto global, mas também ao
nível interno. Todas as organizações precisam de um sentido
reformista, que lhes permita modificar o que está menos bem".
No entender de Proença de
Carvalho, o IPCB tem condições para ter sucesso. "No interior do
país, temos todas as condições para sairmos vencedores desta crise.
Basta olhar para a cidade de Castelo Branco e ver os seus
recursos", disse.