Gente e livros
Chinua Achebe
Chinua Achebe (Ogidi - Nigéria, 16 de novembro de 1930 - Boston -
EUA, 22 de março de 2013) é um dos principais autores
africanos do século XX. Com uma longa carreira, escreveu cerca de
30 livros, desde romances a contos, passando por ensaios e poesia,
sendo considerado o pai do romance africano. As suas obras
destacam-se pelas críticas à política nigeriana, mas retratam
também os efeitos da colonização do continente africano pelos
europeus e o olhar do Ocidente sobre a cultura e a civilização
africanas. Nascido em 1930, Chinua Achebe foi educado no seio de
uma família cristã evangélica na cidade de Ogidi, 30 anos antes da
Nigéria se libertar do domínio colonial britânico. «Depois de
estudar Medicina e Literatura na Universidade de Ibadan, foi
trabalhar para a Companhia de Radiodifusão Nigeriana, em Lagos. A
sua carreira na rádio terminou de forma abrupta em 1966 ao
abandonar o cargo de Diretor de Radiodifusão Externa durante a
sublevação nacional e os massacres que conduziram à guerra do
Biafra. Escapara por um triz ao confronto com soldados armados que
aparentemente acreditavam que o seu romance 'Um Homem Popular' o
implicava no primeiro golpe militar na Nigéria», lê-se na sua
biografia na Wook. Em 1967, Achebe enveredou numa carreira como
académico universitário, ao ser nomeado Senior Research Fellow da
Universidade da Nigéria. Tornou-se Professor Emérito em 1985.
Lecionou ainda na Universidade do Massachussetts e na Universidade
do Connecticut, nos Estados Unidos, e recebeu mais de vinte
doutoramentos honorários de várias universidades. Na obra de
Achebe, destaca-se «Quando Tudo se Desmorona», o seu primeiro
romance, publicado em 1958. Já vendeu mais de oito milhões de
cópias e foi traduzido para pelo menos 45 línguas. No plano do
romance, seguiu-se «No Longer At Ease» (1960), «A Flecha de Deus»
(1964), «Um Homem Popular» (1966) e «Anthills of the Savannah»
(1987).