Livro retrata o Colégio de S. Fiel
O pioneirismo do ensino em Portugal
O livro "De Seminário para
meninos órfãos de ambos os sexos a Colégio de S. Fiel (1852-1910)",
da autoria do investigador Leonel Azevedo, acaba de ser lançado,
retratando os primeiros 58 anos de vida daquela instituição.
Com a chancela da RVJ Editores, a
obra foi apresentada dia 13 de março, pelo ex-ministro da Educação,
Eduardo Marçal Grilo, para quem a mesma tem um "enorme rigor e
detalhe". No seu entender, o livro cumpre "quatro objetivos
principais: descreve a história do Colégio de S. Fiel; dá-nos
elementos de grande importância para ahistória da educação dos
jesuítas em Portugal; contribui para ahistória do ensino dos
jesuítas em Portugal; e abre-nos o espírito para outros livros e
outras leituras".
O livro, que surge ao público com o
alto patrocínio da Câmara de Castelo Branco, constitui uma aturada
investigação de Leonel Azevedo, tem um total de 480 páginas
impressas a cores, e apresenta ainda dois encartes também impressos
a cores. Na sua intervenção o autor recordou a figura de Frei
Agostinho da Anunciação, lançando o repto à Câmara de Castelo
Branco e à Freguesia de Louriçal do Campo para se "recuperar a casa
de nascimento de Frei Agostinho e ali instalar um museu, um arquivo
ou uma biblioteca, com materiais do próprio e pertencentes ao
Colégio. É um homem ímpar na história da Beira Baixa".
Numa cerimónia que encheu
a Biblioteca Municipal de Castelo Branco, o autarca, Luís Correia,
aproveitou a ocasião para criticar o Estado por não ter conseguido
preservar aquele património. "Infelizmente o país não teve a
capacidade de reinventar esta infraestrutura [Colégio de São Fiel]
para continuar a prestar um serviço à região, como prestou durante
muitos anos", disse o presidente do município.
Luís Correia encerrava a sessão,
acrescentando que "aquilo que verificamos é que há uma
infraestrutura que teve um papel importante no nosso
desenvolvimento e está abandonada, quando podia estar a ser
utilizada em prol da região. Há a possibilidade da iniciativa
privada poder avançar com investimentos. O Louriçal do Campo e a
região são mais pobres pela morte deste colégio", disse o autarca,
para quem o setor do turismo poderia ser uma solução.
A importância da investigação
desenvolvida por Leonel Azevedo e do livro agora apresentado, foram
também destacados por João Carrega, diretor da editora RVJ
Editores, para quem "com esta obra o concelho e a sua história
ficam mais ricos".