Aulas no 3º período: Ministro da Educação assegura alternativas aos meios digitais
As escolas estão a preparar-se para
aulas através da televisão pública para alunos até ao terceiro
ciclo, para chegarem aos que não têm acesso à Internet, disse o
ministro da Educação, sem, contudo, avançar datas.
"Como não era possível chegar a todos os alunos através dos meios
mais tecnológicos, vamos poder fazê-lo pelos meios mais
tradicionais", enquanto estiverem suspensas as aulas presenciais
nas escolas devido à pandemia, explicou o ministro da Educação,
Tiago Brandão Rodrigues, em declarações à RTP.
O governante adiantou que a solução é a tele-escola, mas num
cenário "completamente diferente" do que existiu no passado para o
segundo ciclo, em que era dada com "alunos e professor na sala de
aula".
A televisão pública é o "meio em que existe mais acesso, porque
está acessível através da Televisão Digital Terrestre e pela
Internet", justificou, adiantando que a tutela "está a trabalhar
para o terceiro período acontecer".
Questionado sobre a data para o arranque da tele-escola, Tiago
Brandão Rodrigues não se comprometeu e remeteu para 09 de abril,
ocasião em que o Governo vai anunciar um conjunto de orientações
para o terceiro ciclo do ano letivo.
Além da avaliação sobre o ponto de situação da pandemia à data,
"também temos de chegar às escolas e explicar-lhes como poderão
utilizar esta ferramenta e este é um trabalho que está em curso",
justificou.
Devido à pandemia e num contexto em que todos "foram apanhados de
surpresa" e a tutela está a "preparar os cenários mais complexos",
o Ministério da Educação, afirmou, enviou orientações às escolas
que estão a "preparar os seus planos de ensino à distância".
"Temos de nos preparar para situações mais complexas e temos de
começar a trabalhar atempadamente e a produzir todas estas
ferramentas", sublinhou.
Questionado em relação ao recomeço das aulas para os alunos do
ensino secundário, Tiago Brandão Rodrigues remeteu também a decisão
para 09 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já
infetou mais 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais
morreram perto de 60 mil.