Pagamento de propinas em Leiria
Presidente apoia alunos
"O importante é que nenhum aluno fique
sem estudar por falta de condições financeiras. A afirmação é de
Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria, que
refere as políticas de apoio aos estudantes para pagamento de
propinas, que permitiram, no último ano lectivo, de 2010/2011,
reduzir a taxa de incumprimento de 5,04% para 4,02%, com menos
17,7% de estudantes com propinas por regularizar.
"O IPL prevê no seu regulamento o
pagamento faseado de propinas mas, com o agravamento da crise
económica, verificámos que existem grandes dificuldades por parte
de alguns estudantes em cumprir o plano estabelecido", explica Nuno
Mangas. "Assim, definimos uma política de apoio proactiva, em que
temos uma série de mecanismos que nos permitem alertar os
estudantes e, em caso de necessidade, reformular esta forma de
pagamento, sempre no sentido de evitar o incumprimento que
acarretará maiores custos para o estudante", acrescenta.
Os Serviços Académicos criaram um
sistema de alertas por SMS e e-mail, que avisam o estudante da data
em que deverão liquidar a próxima prestação, e onde se junta também
a referência para pagamento via multibanco. Nestas mensagens é
ainda referida a disponibilidade dos serviços em caso de
dificuldades na regularização desse montante. Isabel Paraíso,
directora dos Serviços Académicos do IPL, refere que "nestes casos,
o aluno pode falar connosco, apresentar-nos a situação e, com a
devida justificação, solicitar até um plano de pagamento
alternativo, com prestações adicionais e outros prazos".
O atendimento é sempre
personalizado e cada caso é analisado individualmente, de forma a
tentar ultrapassar situações de dificuldades. Aqui é especialmente
importante a colaboração com os Serviços de Acção Social, que
intervêm nas situações mais complicadas em que os estudantes possam
necessitar de outro tipo de apoios.
Entre os anos lectivos de 2009/2010
e 2010/2011 o número de estudantes cresceu em 3,2%, de 11.783 para
12.161, enquanto o número de estudantes em incumprimento baixou de
594 para 489, o que corresponde a menos 17,7%. Em termos
percentuais, as maiores taxas de incumprimento verificam-se nos
cursos de especialização tecnológica (CET), com 5,7%, e nos
estudantes inscritos nos cursos preparatórios para maiores de 23
anos, com 8,6%.