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centro ciência viva da floresta em Proença-a-nova
A hora do reconhecimento

joao paulo 3.jpgNão se pode descrever Proença-a-Nova ou pensar o seu futuro sem passar pela floresta, que ocupa boa parte do território e durante anos foi muito relevante para a economia local. A proximidade da natureza é uma mais-valia do concelho, que tem conseguido preservar os sabores tradicionais e os diferentes cheiros emanados da paisagem diversificada.

A importância económica, social e ambiental da floresta nacional é fácil de mensurar: basta olhar para os números do emprego que cria, para o peso de 13% nas exportações nacionais e para os benefícios ambientais que nos dá. Sabemos bem o que a floresta tem feito pelo país, mas a terminar 2011, proclamado pela ONU como Ano Internacional das Florestas, talvez seja legítimo questionarmos o que tem o país feito pela floresta.

Não têm faltado debates e reflexões sobre o despovoamento e a desertificação, mas não há fórmulas mágicas para fixar pessoas, tornando o interior sustentável sem desvirtuar a sua identidade. A desvalorização da floresta é um factor relevante a ter em conta neste debate, já que representava, tradicionalmente, uma mais-valia e rendimento alternativo para muitas famílias.

Criar condições para o aumento do emprego está na primeira linha da intervenção do Município e um dos caminhos passa pela dinamização de novos investimentos que possibilitem a transformação e consumo dos produtos e subprodutos resultantes da floresta. A investigação e conhecimento científico são essenciais para se conseguir esta valorização da fileira florestal e é inegável o contributo que o Instituto Politécnico de Castelo Branco, parceiro da Associação Ciência Viva da Floresta, tem dado neste campo.

A instalação do Centro Ciência Viva da Floresta no concelho não é fruto do acaso, mas a consequência natural de uma relação que é incontornável, apesar do declínio de algumas actividades estruturantes num passado recente, como foi a exploração da resina. Em Proença-a-Nova procuramos o futuro sem esquecer o legado do passado e a importância da sustentabilidade ambiental. Por isso valorizamos a floresta em todas as suas vertentes, desde o sequestro de carbono à biodiversidade, passando pelo papel que desempenha nos ecossistemas e na retenção de água no solo.

No Centro Ciência Viva propõe-se esse olhar agregador para a floresta e para todas as suas riquezas, cuja preservação a todos deve comprometer.

João Paulo Catarino
Presidente da Câmara de Proença-a-Nova
 
 
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