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Julie Orringer

julie.orringer 1 credit Christa Parravani cópia.jpg«Tudo o que tinha era a sua mala de cartão e a sua sacola de couro. Não era bagagem suficiente para que precisasse de chamar um táxi. Em vez de o fazerem, ele e Tibor caminharam até à estação, tal como haviam feito quando Andras deixara Budapeste, dois anos antes. Quando atravessaram a Pont au Change, ele pôs a hipótese de virar mais uma vez para casa de Klara, mas não havia tempo; o comboio partiria dentro de uma hora. Parou apenas numa padaria para comprar pão para a viagem. Nas montras da tabacaria ao lado, os jornais anunciavam que o conde Csaky, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, tinha ido, numa missão diplomática secreta, a Roma; tinha sido enviado pelo governo alemão, e saíra directamente do aeroporto para uma reunião com Mussolini. O governo húngaro tinha recusado comentar o objectivo da visita, afirmando apenas que a Hungria se sentia satisfeita por facilitar a comunicação entre os seus aliados.»

In A Ponte Invísivel

Escritora norte-americana, Julie Orringer nasceu a 12 de Junho de 1973, em Miami.

É autora da colectânea de contos How To Breathe Underwater (2003), considerado um livro notável pelo The New York Times. Com este livro venceu o Prémio revelação do The Paris Review.

Foram-lhe atribuídas bolsas da National Endowment for the Arts, da Universidade de Stanford, e do Dorothy and Lewis B. Cullman Center for Scholars and Writers, da New York Public Library.

O seu primeiro romance, A Ponte Invisível (2010) foi traduzido em vários países da Europa. Em Portugal, está editado pela Civilização. A Ponte Invisível conta a história de Andras Lévi, um jovem judeu húngaro, estudante de arquitectura em Paris, durante a II Guerra Mundial.

A Ponte Invisível foi finalista do Prémio Orange 2011.

A escritora encontra-se a trabalhar num romance sobre a vida do jornalista norte-americano, Varian Fry.

No Verão de 1940, Varian Fry organizou uma rede clandestina em Marselha, ajudando milhares de judeus a fugir ao nazismo. Pintores (Chagall, Marcel Duchamp), o Prémio Nobel da Química Otto Meyehoff, escritores (André Breton, Max Ernst, Hannah Arendt), operários e sindicalistas foram salvos graças à acção de Fry. O seu heroísmo não é reconhecido nos Estados Unidos, e vê o seu nome desacreditado. Em 1945, Fry publica Surrender on Demand, onde conta a sua missão em Marselha.

Julie Orringer vive actualmente, em Brooklyn com o marido, o escritor Ryan Harty.

Mas, a guerra e o nazismo projectavam as suas sombras negras sobre a Europa e para o jovem Andras, como para tantos milhares de judeus, começava uma terrível luta pela sobrevivência.

A Ponte Invisível.

Decorre o ano de 1937. Andras Lévi deixa os pais e os dois irmãos e parte de Budapeste para Paris, com uma bolsa para estudar arquitectura e uma carta misteriosa que prometeu entregar à jovem viúva, Klara Morgenstern. Em Klara, Andras haveria de descobrir a mulher da sua vida, nos encontros de Paris, as amizades mais belas e marcantes.

 
 
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