Algarve
Com cortes UAlg não funciona
O reitor da Universidade do
Algarve (UAlg) reiterou que a instituição "não pode funcionar" com
os cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) e afirmou que já
foi feito "tudo o que era possível" para reduzir custos.
Em causa está a proposta de um
corte médio na transferência de verbas do OE para as universidades
na ordem dos 10 por cento e que, no caso da UAlg, ronda os 12,5 por
cento, disse João Guerreiro aos jornalistas.
Sublinhando que não existe em curso
um plano para enfrentar a previsível redução de verbas porque a
universidade "não pode funcionar com aqueles cortes", o reitor da
UAlg atribui a resolução do problema à Assembleia da República
(AR).
"A UALg não tem plano nenhum porque
não pode funcionar com aqueles cortes. A AR tem que resolver esse
problema de forma satisfatória à universidade", sublinhou.
As propinas para o ano letivo
2012/2013 já foram fixadas pelo Conselho Geral da Universidade e
não podem ser alteradas, mas mesmo que fosse estabelecida a propina
máxima a receita seria muito pequena comparavelmente aos cortes
previstos, referiu.
Por outro lado, não é possível
fazer despedimentos porque os docentes têm um contrato com a
Administração Pública e a universidade "não tem mecanismos para
fazer cessar os contratos", acrescentou.
João Guerreiro manifestou-se,
contudo, confiante de que o Governo irá recuar na proposta
apresentada, frisando que não vê outra alternativa para que a
universidade possa funcionar.
O orçamento total da UALg para 2013
ultrapassa os 40 milhões de euros e os cortes previstos são na
ordem dos 4 milhões de euros.