Ministro exige prova a docentes com menos 5 anos de serviço
Os docentes com menos de 5 anos de serviço terão que fazer o
exame de acesso à carreira docente. O ministro da Educação e
Ciência anunciou no passado dia 2 de dezembro que só os professores
contratados com cinco ou mais anos de serviço ficarão isentos da
prova de acesso à carreira docente.
O anúncio foi feito após uma reunião com a UGT, central sindical
que, perante a garantia da tutela em dispensar estes professores
contratados da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades,
comprometeu-se a desconvocar a greve à prova, marcada para 18 de
dezembro.
Nuno Crato garantiu que esta medida será para repetir nos anos
seguintes.
O ministro explicou que a decisão foi tomada na sequência da
reunião com UGT e depois de ouvir também o Conselho de Escolas e o
Conselho Nacional de Educação. "Tivemos ainda em conta o recente
pedido de ponderação do Provedor de Justiça, pedido que acentuou a
possibilidade de isentar da prova os professores experientes",
acrescentou Nuno Crato.
Com a chegada a acordo a UGT comprometeu-se a desmarcar as ações
de contestação à prova e a não mobilizar outras e a não fazer greve
no dia da realização da prova (dia 18). O Ministério vai definir em
breve as condições de reembolso dos professores que pagaram a
inscrição na prova e que agora já não a vão fazer.
Nuno Crato salientou a "abertura ao diálogo" que levou ao
"acordo justo" e disse que o Ministério da Educação sempre admitiu
uma solução como aquela a que hoje se chegou.
A UGT já tinha anunciado na tarde de hoje o comprometimento em
desconvocar a greve, depois de um "acordo possível" para dar "paz
social" ao setor, como disse à Lusa o secretário-geral de central,
Carlos Silva.
Também hoje em comunicado a Federação Nacional da Educação
(FNE), que tinha marcado a greve de dia 18 e que estava a promover
iniciativas contra a prova de acesso, disse que decidiu "não
convocar a greve para o dia 18" e "retirar-se de outras ações que
tinham sido previstas".
Tal não invalida, diz o comunicado, que a FNE continue a ter
como objetivo "a eliminação" da prova.
Para Nuno Crato no entanto a mesma "é necessária e constitui uma
peça importante na política do Ministério para a dignificação da
função docente e para a melhoria da ação docente, o que é essencial
para o progresso do Ensino".