Politécnico

Portalegre
ESE contra exame docente

Untitled-1.jpg"O processo de estabelecimento de uma Prova de Avaliação de Conhecimentos e de Capacidades (…) foi iniciado e concluído sem a auscultação das instituições formadoras, facto que reputamos de profunda gravidade (…) nem possibilitou que os principais responsáveis pela formação dos professores pudessem contribuir para o debate desta questão". A afirmação é de um comunicado da Escola Superior de Educação de Portalegre, que se manifesta assim desfavorável ao processo de avaliação dos docentes, que deve decorrer em dezembro.

Num documento assinado pelo diretor da Escola, Luis Cardoso, e pelo presidente do Politécnico, Joaquim Mourato, é referido que as instituições formadoras de docentes acompanharam o processo pela Comunicação Social, não tendo sido ouvidas as entidades que congregam politécnicos (CCISP) e as escolas superiores de educação (Aripese). De caminho, consideram que a justificação da instituição da prova é insuficiente: "A introdução desta prova não surgiu, até à presente data, consubstanciada ou justificada em evidências, estudos ou pareceres que indicassem, de forma explícita, a necessidade de criação de um mecanismo de aferição da qualidade do processo formativo que é da responsabilidade das Instituições de Ensino Superior".

Finalmente, lamentam "a natureza retroativa" da prova, pois "este mecanismo não só se aplica a todos os que, a partir do momento presente, têm conhecimento de que existe esta condição para acesso à profissão docente, como a todos os professores que iniciaram o seu percurso profissional sem terem conhecimento, à partida, deste requisito, o que constitui uma quebra dos procedimentos, regras e expetativas iniciais dos diplomados, e se traduz, na prática, no rompimento do princípio da confiança jurídica".

 
 
 
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