Politécnico

Agricultores de sofá
MyFarm brilha em Beja

beja.jpgO projeto MyFarm.com, criado em Beja e que permite a "agricultores de sofá" terem e gerirem hortas reais via Internet, quer criar hortas sociais, financiadas por empresas, para apoiar instituições particulares de solidariedade.

Através das hortas de responsabilidade social, o projeto, que transpôs para a realidade a lógica do famoso jogo "FarmVille", pretende contribuir para apoiar instituições particulares de solidariedade social (IPSS), sobretudo nesta altura de crise, disse à agência Lusa o professor e coordenador do MyFarm.com, Luís Luz.

Trata-se de hortas apadrinhadas por empresas, que, no âmbito de uma política de responsabilidade social, financiam os custos de gestão, mas geridas por IPSS, as quais irão consumir os produtos produzidos, explicou.

Para criar hortas sociais, indicou, o projeto já contactou o Banco Alimentar e duas IPSS de Beja, que estão interessados em aderir, e está a divulgar "a nova vertente" do MyFarm.com junto de IPSS e para angariar empresas para apadrinhar hortas, disse.

O MyFarm.com, criado em 2012 por Luís Luz e cinco alunos do Instituto Politécnico de Beja, permite a pessoas "sem tempo, paciência, conhecimentos e terreno", que os promotores apelidam de "agricultores de sofá", terem uma horta real, mas totalmente gerida via Internet.

Segundo Luís Luz, os clientes gerem as hortas e controlam a produção, desde a sementeira à colheita, via Internet, como no jogo, mas têm a "grande vantagem" de aquelas serem reais, ao ponto de receberem os produtos em casa.

Ao aderir ao projeto, cada cliente paga a primeira mensalidade da renda do terreno da horta e os primeiros trabalhos e, a partir daí, os custos variam conforme os trabalhos efetuados pelos membros do projeto na horta: cavar a terra, semear, regar, mondar ou colher.

Através das áreas pessoais, no sítio de Internet do projeto, os clientes, além de gerirem, também podem observar as hortas em tempo real, já que são filmadas 24 por dia por câmaras web.

O MyFarm.com, projeto "semi-académico e inovador", já permitiu criar uma empresa em Beja e os promotores querem transformá-lo num negócio e expandi-lo para outros centros urbanos, como Setúbal, Lisboa e Porto, onde estão os "potenciais clientes", disse Luís Luz.

Atualmente, há cerca de 900 pessoas espalhadas pelo país interessadas em aderir ao projeto, indicou, explicando que a expansão deverá ser feita através de parcerias com pequenos hortelões.

Segundo Luís Luz, o projeto vai arrancar durante este mês com o primeiro centro fora de Beja, que irá funcionar em Sintra e será gerido através de uma parceria com um agricultor local.

Desta forma, explicou, será possível "agricultores de sofá" da região de Lisboa aderirem ao projeto e terem e gerirem uma horta real através da Internet.

Numa primeira fase, indicou, o centro em Sintra disponibiliza 40 hortas, nas quais será possível produzir 28 culturas nesta época de outono/inverno.

O centro de Beja mudou de sitio, passando do Centro Hortofrutícola do Instituto Politécnico de Beja, onde o projeto nasceu, para terrenos da CerciBeja - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, com a qual o MyFarm.com tem uma parceria.

 
 
 
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