Fórum
Guarda debate toponímia
"Foi uma
boa iniciativa que prestigia o Instituto Politécnico da Guarda",
comentou o docente e investigador, Adriano Vasco Rodrigues, a
propósito da realização, no passado dia 30 de outubro, do II Fórum
sobre Toponímia, promovido pelo IPG.
Com esta iniciativa o IPG pretendeu
contribuir para um melhor conhecimento das localidades do distrito,
dos valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos
a ela associados através da toponímia.
Adriano Vasco Rodrigues, aludindo à
sua comunicação neste Fórum, disse ter procurado fazer "uma ligação
entre a linguística e a arqueologia, para esclarecer a origem de
muitos topónimos da nossa região, especialmente aqui do distrito da
Guarda"
Este docente e investigador
acrescentou que "como nós tivemos uma história larguíssima a partir
dos lusitanos, ficaram marcas muito profundas que se refletem na
toponímia. Temos uma série de topónimos muito interessantes e
complexos - porque de uma forma geral sabemos o latim mas não
sabemos árabe; e temos uma intensidade muito grande de topónimos
árabes, na nossa região, que não são apenas os começados por
'al'".
Ao longo do Fórum foram debatidos
diferentes temas, a saber: "Materiais, formato e suporte na
Toponímia no distrito da Guarda" (Augusto Moutinho Borges),
"Toponímia de uma aldeia: o caso de Manigoto" (Manuel Neves),
"Toponímia e memória social" (Dulce Borges), "Toponímia e
arqueologia: uma experiência por terras do Jarmelo"(Tiago Ramos),
"A II Guerra Mundial nas ruas da Guarda" (Tiago Tadeu),
"Complexidade no estudo da toponímia, no distrito da Guarda"
(Adriano Vasco Rodrigues), "A toponímia, património imaterial das
comunidades urbanas e sua ideologização"(Carlos Caetano), "À
descoberta de conexões Toponímicas de Vilar de Amargo: ou como o
passado que fala ao presente ilumina o futuro"(Urbana Bolota) e
"Placas toponímicas na Guarda: memórias e omissões" (Helder
Sequeira).