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Universidade de Évora
Reitora quer áreas âncora

reitora 2.jpg"Devemos clarificar os domínios onde queremos ser mais fortes e alinhar essas opções com as estratégias delineadas para o país e para a região", disse Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, durante a sessão solene que marca o início do ano letivo, que teve lugar no passado dia um de novembro.

Para a reitora, a Universidade de Évora deve clarificar "o rosto com que se apresenta ao mundo". Ou seja, definir quais as áreas científicas e artísticas que são capazes de aprofundar a diferenciação da instituição relativamente "às suas congéneres e, em consequência, assegurar a sua sustentabilidade não só económica e financeira, mas também, científica e pedagógica".

Para além das áreas âncora, Ana Costa Freitas referiu que a internacionalização do ensino superior "é a via que potencia o incremento da investigação científica, da produção artística e do desenvolvimento tecnológico e, consequentemente, garante aos estudantes uma formação mais sólida e mais atual".

A reitora considera que as universidades portuguesas, especialmente a Universidade de Évora, dependem "hoje do grau de internacionalização que conseguirem atingir para serem reconhecidas e apreciadas no contexto internacional, para se afirmarem como motores de desenvolvimento nos contextos nacional e regional; mas também para participarem no esforço nacional de incremento da economia através da exportação do conhecimento".

Só com a internacionalização, e segundo aquela dirigente, a universidade "promove-se internacionalmente como centro de saber relevante, reforça a sua atratividade, revigora a sua capacidade científica, tecnológica e artística, e conseguirá ainda, por via dos projetos em que se insere, angariar recursos financeiros indispensáveis à sua própria manutenção e desenvolvimento".

Dirigindo o seu discurso para a reestruturação do ensino superior, a reitora da Universidade de Évora sublinhou que "é nossa convicção de que, mais importante do que conceber e edificar grandes arquiteturas institucionais de âmbito regional, reside a importância da criação de redes de cooperação científica e pedagógica que gerem sinergias entre diversas instituições e potenciem, aos cidadãos, ofertas formativas de qualidade".

Assim, disse que o Mestrado em Enfermagem em conjunto com os Institutos Politécnicos de Portalegre, de Beja, de Setúbal e de Castelo Branco constitui um "exemplo" da reestruturação do ensino superior.

Para Ana Costa Freitas a reorganização do ensino superior "é um caminho que devemos continuar a percorrer, estabelecendo parcerias estratégicas com a plena convicção de que a Educação, no geral, e o ensino superior em particular, não são um custo, mas sim um investimento".

Para a reitora "qualquer política que seja meramente economicista apenas acentuará, não só a falta de coesão territorial mas também se refletirá, a prazo, num atraso que o país não poderá suportar, por demasiado gravoso para a sua própria existência enquanto nação independente". Logo, disse que o papel das instituições de ensino superior no desenvolvimento territorial "é a essência de um projeto que iremos desenvolver com outras instituições do ensino superior, nacionais e estrangeiras".

Noémi Marujo
 
 
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