Ciências do Ensino Secundário
UBI cria academia
A Universidade da Beira Interior (UBI) vai criar uma
academia de ciências para estudantes do ensino secundário, com o
objetivo de "desenvolver um programa de excelência" na formação da
matemática, física e química, garante o reitor, António Fidalgo,
que anunciou o projeto em outubro, na cerimónia de abertura do ano
académico.
Será feita uma parceria com as
escolas secundárias da Cova da Beira que se prende com a
necessidade de continuar a cativar alunos, principalmente para os
cursos que têm menos procura, os que têm como base as engenharias e
as ciências.
"Não basta fazer análises, é
preciso agir (...). Queremos que essas escolas tenham os melhores
alunos nacionais nessas disciplinas. Por isso, formaremos uma jovem
academia de ciências, em que os melhores alunos das escolas
secundárias nessas disciplinas virão para a UBI, um dia inteiro por
semana, para aqui serem envolvidos num ambiente académico intenso",
esclareceu António Fidalgo.
O reitor fez uso do ditado popular
que diz "de pequenino se torce o pepino" para sublinhar que é "nos
escalões iniciais da educação escolar que tem de ser desenvolvido o
cultivo do estudo e o espírito de exigência imprescindíveis para o
aproveitamento".
No seu discurso, António Fidalgo
recordou ainda que "o início de um novo ano letivo é sempre marcado
pelos resultados do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior,
ou seja, pelo preenchimento das vagas postas a concurso. De facto,
havendo mais vagas do que candidatos nos últimos anos, a captação
de alunos tem sido a preocupação primeira das universidades e
politécnicos do Interior de Portugal. É a própria sustentabilidade
das instituições que está em jogo".
O reitor da universidade
acrescentou: "A UBI tem revelado ao longo dos anos uma resiliência
notável e a taxa de preenchimento tem sido elevada, rondando os 80%
nos últimos anos na 1ª fase do CNA,
percentagem que depois sobe significativamente nas outras fases.
Convém lembrar que em 2000 essa taxa foi de 60%, que, graças à
abertura de novos cursos nas áreas das artes e da saúde, passou
para 70% em 2001 e 2002, que desceu para 63% em 2005 e em 2008,
2009 e 2010 esteve acima dos 90%. Tem havido uma agilidade na
adequação da oferta à procura, um aumento da qualidade científica e
pedagógica e um esforço notável por parte dos departamentos e dos
núcleos da Associação Académica na atração de novos
estudantes".