UBI e IPCB ganham prémio
As duas academias do distrito de Castelo
Branco, Universidade da Beira Interior (UBI) e Instituto
Politécnico de Castelo Branco
(IPCB), conquistaram os dois primeiros prémios do concurso Angelini
University Award, promovido pela farmacêutica Angelini,
informou ao nosso jornal o gabinete de comunicação da empresa. No
concurso participaram 42 projetos, tendo envolvido 193 alunos e 34
docentes de 33 universidades e politécnicos de norte a sul do
país.
De acordo com essa nota, o projeto "Fraldas Analíticas: BabyKnow
& KnowU", desenvolvido por um grupo de alunas da Universidade
da Beira Interior, composto por Vanessa Santos, Jane Dias, Ana
Silveira e Catarina Almeida, estudantes do curso de Ciências
Biomédicas, conquistou o primeiro prémio.
A proposta apresentada pela equipa da UBI "vem revolucionar a
monitorização e análise da urina em doentes oncológicos em situação
de cuidados paliativos, através de um sistema não invasivo, que
permite recolher e realizar a análise da urina tipo II".
No mesmo comunicado é explicado que "os resultados das análises
realizadas são disponibilizados através de uma aplicação
para smartphones. As Fraldas Analíticas: BabyKnow & KnowU
podem, assim, antecipar problemas, através da monitorização
eficaz dos parâmetros de saúde dos doentes, e proporcionar uma
maior qualidade de vida aos doentes oncológicos".
Já a equipa da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do IPCB,
composta por Ana Paula Sapeta, Mariana Santos, Ana Catarina Santos,
Andrea Filipe, Alexandra Nogueira e Stephanie Bonito, obteve o
segundo prémio, com o projeto Cuidados
Paliativos Pediátricos - Borboleta Branca.
Segundo a mesma nota, o projeto tem como " mote o brincar
terapêutico e pretende atingir a verdadeira essência do cuidado de
enfermagem e facilitar o dia-a-dia dos doentes e dos seus
familiares".
A equipa albicastrense pretende que "através de uma plataforma
digital os pais, os cuidadores podem consultar informação sobre a
doença e procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos, partilhar
experiências num fórum disponível para este efeito, ou adquirir um
boneco personalizado à imagem do doente, que assumiria o papel de
companheiro de viagem. Esta plataforma
permite à criança aprender estratégias para reduzir o medo e a
ansiedade e, simultaneamente, estimular o desenvolvimento
de estratégias cognitivas comportamentais e sensoriais que
favorecem o controlo da dor, através do ato de brincar".
O projeto vencedor recebeu um prémio monetário no valor 8.000€
(5.000€ - candidatos, 2.000€ - professores e 1.000€ - project
advisor, enquanto que ao grupo classificado em segundo lugar foi
atribuído o valor de 2.500€, 1.000€ ao docente e 500€ ao project
advisor.
Nesta sétima edição do prémio, o desafio lançado aos alunos foi no
sentido de desenvolverem projetos relacionados com os cuidados
paliativos em doentes oncológicos, "com o objetivo de estimular a
criatividade e inovação dos estudantes universitários sobre este
tema específico do Setor da Saúde e premiar a investigação
académica".
Citado pela mesma
nota, Manuel Luís Capelas, presidente da Associação Portuguesa de
Cuidados Paliativos, refere que "esta é uma área à qual se deveria
prestar mais atenção, pois os Cuidados Paliativos são um direito
humano básico para todas as pessoas portadoras de doenças crónicas
limitantes. Contudo, ainda há um grande número de doentes que não
chegam a ter acesso a estes cuidados.
É fundamental mudar esta realidade, sendo que estas iniciativas dão
um importante contributo para esta mudança de atitude".
A edição deste ano teve como júris Manuel Luís Capelas (presidente
da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos), Isabel Nery
(jornalista na revista VISÃO), João Paulo Guimarães (diretor Médico
da Angelini) e Rui de Carvalho (diretor Comercial
da Angelini).