Idanha-a-Nova: o destino da inovação ‘verde’
No dia 10 de novembro um comboio 'verde'
com 70 startups europeias na área da sustentabilidade, investidores
e parceiros viajou de Lisboa até Idanha-a-Nova. O destino? O evento
anual do i-Danha Food Lab, o primeiro acelerador para a economia
verde da Península Ibérica, situado na vila beirã.
A iniciativa realizou-se nos dias 10, 11 e 12 deste mês, logo após
o Web Summit. Foi promovida pela Câmara de Idanha-a-Nova e pela
Building Global Innovators (BGI), aceleradora do ISCTE-IUL e MIT
Portugal, e decorreu em paralelo com o boot camp do Climate KIC, a
maior iniciativa promovida pela União Europeia no campo da inovação
climática.
O ambiente vivido no comboio foi descrito na perfeição pela
Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Maria Fernanda Rollo, passageira nesta viagem, ficou encantada:
"Isto é um comboio mágico da inovação. Estão aqui todos os
ingredientes para que a inovação aconteça!".
A governante aplaudiu o i-Danha Food Lab por "combinar afetos e
criatividade". E não tem dúvidas quanto ao seu sucesso: "As
oportunidades acontecem quando as pessoas têm conhecimento e visão,
e Idanha será seguramente um marco na aposta que o nosso país tem de fazer no
mundo rural e na agricultura".
Mas o reconhecimento do Governo Português não ficou por aqui. O
Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, presidiu ao
encerramento do evento. Em declarações à comunicação social, o
governante disse que "o papel de Idanha [na promoção do
desenvolvimento sustentável] ultrapassa largamente aquelas que são
as responsabilidades do município. Idanha tem vindo a conduzir um
processo de afirmação do seu território enquanto laboratório vivo
para a descarbonização da sociedade e para tornar a economia
circular".
A chamada economia circular, mais benéfica para o ambiente e
rentável para as empresas, foi precisamente uma das questões que o
presidente da Câmara de Idanha-a-Nova colocou em cima da mesa.
"Queremos que Idanha seja um espaço de conhecimento mas também de
aplicação de políticas de economia circular e de equilíbrio entre
os meios urbano e rural", explicou Armindo Jacinto.
A este propósito, o autarca adiantou que Idanha-a-Nova está a
preparar a adesão à Rede Internacional de Eco Regiões, um conceito
que visa promover comunidades mais bio, desde o sector educativo ao
empresarial e ao associativo.
O i-Danha Food Lab representa já um passo neste sentido. Para
isso, tem sido fundamental a parceria com a BGI que, nestes três
dias, coordenou a presença em Idanha das 70 startups do
Climate-KIC.
O diretor executivo da BGI, Gonçalo Amorim, resume a receita de
sucesso do i-Danha Food Lab: "Trouxemos até Idanha um conjunto de
70 startups de 20 países com soluções tecnológicas de
sustentabilidade, acrescentámos investidores internacionais e
juntámos ainda as seis empresas que já são aceleradas no i-Danha
Food Lab… tudo para promover uma jornada riquíssima de conhecimento
e de networking com vista à criação de um futuro mais
sustentável".