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Guimarães Rosa

Guimarães Rosa foi um contista, novelista, romancista e diplomata brasileiro, que nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, no dia 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967.
Considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, Guimarães Rosa ambientou quase toda a sua obra no chamado sertão brasileiro.
O seu trabalho mais marcante é «Grande Sertão: Veredas» (1956), romance descrito por Rosa como uma "autobiografia irracional" e pela Academia Brasileira de Letras como "um dos mais importantes textos" de literatura desse país.
Diplomata por concurso que realizara em 1934, foi cônsul em Hamburgo (1938-42); secretário de embaixada em Bogotá (1942-44); chefe de gabinete do ministro João Neves da Fontoura (1946); primeiro-secretário e conselheiro de embaixada em Paris (1948-51); secretário da Delegação do Brasil à Conferência da Paz, em Paris (1948); representante do Brasil na Sessão Extraordinária da Conferência da UNESCO, em Paris (1948); delegado do Brasil à IV Sessão da Conferência Geral da UNESCO, em Paris (1949). Em 1951, voltou ao Brasil, sendo nomeado novamente chefe de gabinete do ministro João Neves da Fontoura; depois chefe da Divisão de Orçamento (1953) e promovido a ministro de primeira classe. Em 1962, assumiu a chefia do Serviço de Demarcação de Fronteiras.
Entre as características fundamentais de Guimarães Rosa constam o realismo mágico, o regionalismo, a linguagem inovadora e os neologismos, presentes em obras como «Magma» (1936), «Sagarana» (1946), «Com o Vaqueiro Mariano» (1952), «Corpo de Baile: Noites do Sertão» (1956) ou do incontornável «Grande Sertão: Veredas», editado no mesmo ano.
"Guimarães Rosa faz uso do material de origem regional para uma interpretação mítica da realidade, através de símbolos e mitos de validade universal, a experiência humana meditada e recriada mediante uma revolução formal e estilística. Nessa tarefa de experimentação e recriação da linguagem, usou de todos os recursos, desde a invenção de vocábulos, por vários processos, até arcaísmos e palavras populares, invenções semânticas e sintáticas", atesta a Academia Brasileira de Letras.

Tiago Carvalho
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
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