Dia da Alimentação
O que comem os nossos filhos
A
variedade, a qualidade e a diminuição dos fritos e doces foram
alguns dos aspetos positivos de uma avaliação que a revista Teste
Saúde, da Associação de Defesa do Consumidor - Deco - realizou às
ementas escolares e que revelou uma melhoria significativa desde
2005.
A técnica Dulce Ricardo, da
associação de defesa de consumidor DECO, sublinhou a importância do
papel da escola na educação alimentar das crianças.
"A maior parte dos pais não tem
tempo para realizar um almoço equilibrado para os filhos, sendo as
cantinas escolares a solução para estes alunos", disse.
Para este estudo foram analisadas
2.010 refeições de 100 escolas do segundo ciclo do ensino básico,
distribuídas de norte a sul do país, numa investigação agora
divulgada a propósito do Dia da Alimentação, que se assinala
domingo.
"As escolas - públicas e privadas -
revelam uma grande preocupação em fornecer uma alimentação
equilibrada aos alunos", disse Dulce Ricardo.
Contabilizando esta evolução, a
técnica indicou que 45 por cento das ementas avaliadas recebeu a
classificação de "muito bom", 50 por cento "bom" e cinco por cento
"médio". Ao contrário de um estudo idêntico realizado em 2005, não
houve avaliações negativas.
A técnica congratulou-se com dados
como a presença da sopa em todas as ementas e de legumes e
leguminosas que "são as mais aconselhadas".
Na componente proteica do prato, a
DECO identificou uma correta alternância entre carne, peixe e ovos,
criticando, contudo, a ainda "utilização excessiva de carnes
vermelhas".
"Os acompanhamentos são variados,
com um predomínio de arroz e batata, mas com "um cada vez menor
recurso aos fritos".
Em 2005, frisou Dulce Ricardo,
apenas nove por cento dos estabelecimentos incluíam legumes no
prato, mas atualmente 65 por cento das ementas têm esta
componente.
Ao nível dos doces, a sua frequência
desceu face a 2005, encontrando-se presente a fruta, cuja
existência nas ementas das escolas públicas é obrigatória.
A propósito desta avaliação, a DECO
recomenda aos pais que expliquem aos seus filhos que "as refeições
são muito melhores nas cantinas do que nos bares, bufetes ou snacks
das máquinas automáticas", além de "mais baratas na maioria dos
casos".
Às escolas, os autores do estudo
aconselham que melhorem o espaço físico das cantinas e que envolvam
o alunos nesta remodelação.
Escola Secundária Afonso Lopes Vieira