Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Morreu Luiz Goes
O Fado em
geral e a canção de Coimbra em particular estão muito mais pobres.
Nasceu em Coimbra em 1933 e morreu no passado mês de setembro, em
Mafra, com 79 anos, este enorme vulto da Canção de Coimbra (também
conhecida por Fado de Coimbra). Médico estomatologista de
profissão, chegou à canção coimbrã por influência do seu tio,
Armando Goes, gravando o primeiro disco ainda com 19 anos. Na
década de 50 do século passado trabalhou com músicos como Carlos
Paredes e António Portugal e, integrado no Coimbra Quintet grava o
álbum Serenata de Coimbra, um dos discos portugueses mais vendidos
de sempre.
O secretário de Estado da Cultura,
Francisco José Viegas, afirmou que Luiz Goes foi "um dos mais
representativos intérpretes da canção de Coimbra".
"A sua voz característica de
barítono e a versatilidade com que abraçou diferentes estilos
daquele género foram marcas distintivas de um percurso artístico
pautado por uma vasta atividade como autor e intérprete", escreve
Francisco José Viegas.
Destacamos aqui a sua Balada do
mar, É preciso acreditar, Meu irmão ou Homem só. Acreditamos que
não partiu e de alguma maneira ficará sempre nos nossos ouvidos.
Está na altura de revisitar a sua música, a maior homenagem que
ainda lhe podemos fazer.
As fotos aqui presentes foram
obtidas num dos seus últimos espetáculos, precisamente em 2010 nas
Festas da Cidade de Lisboa.