Politécnico

Nuno Crato afirma
Portugal precisa dos Politécnicos

«O país precisa de pessoas com conhecimentos técnicos que os institutos politécnicos podem fornecer», atestou Nuno Crato, ministro da Educação e Ciência na 2.ª Conferência da UASnet - Universities of Applied Sciences Network / Rede de Universidades de Ciências Aplicadas, que decorreu dias 1 e 2 de outubro em Bragança. O ministro da Educação realçou a importância do encontro, que é «muito importante para Portugal e para Bragança» e que «permitiu partilhar experiências, discutir os desafios do futuro, interagir com os nossos colegas de muitos sítios do mundo e procurar soluções para os desafios comuns».

O encontro, organizado pela UASnet, pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e pelo Instituto Politécnico de Bragança, reuniu universidades de ciências aplicadas (UCA) - conhecidas em Portugal como institutos politécnicos (IP) -, da Europa, América do Norte, América do Sul, África e Ásia, para debater o sistema de ensino de ciências aplicadas.

Nuno Crato definiu uma prioridade para o ensino superior politécnico: captar mais população estudantil. «É bom para eles e é bom para o país e para a Europa», defendeu. Também a cooperação internacional é uma prioridade, pelo que o ministro defendeu «este é o caminho da ciência e da educação», referindo-se aos protocolos de cooperação assinados no evento, que permitirão a 4.500 estudantes brasileiros estudar nos próximos três anos nos IP de Portugal, e dando o exemplo do IP Bragança que tem 15% de estudantes internacionais, e que permitirão ainda o reconhecimento mútuo de cursos para mobilidade de profissionais já formados.

O governante mostrou-se muito satisfeito com as parcerias que os IP portugueses estabelecem com as entidades regionais, além da qualidade dos profissionais, defendendo ainda parcerias com as escolas profissionais secundárias, pois «os IP têm aqui um papel único (…), vocês são um recurso único nesta área em Portugal». Nuno Crato terminou a sua intervenção dizendo-se disponível para trabalhar com os IP nestas e noutras questões estratégicas.

João Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP, defendeu a emergência das regiões na Europa e do seu desenvolvimento, referindo-se a uma «família europeia», mas também à escala mundial, onde a unidade de denominação assumiria um papel preponderante.

 
 
 
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