Orçamento de Estado
Pais defendem escola pública
A Confederação Nacional de
Associações de Pais (Confap) defendeu que "não se percebe onde é
possível reduzir o orçamento para a Educação sem prejudicar
significativamente" o ensino público, acusando o Governo de não
fazer da área uma prioridade.
Em comunicado, a Confap diz não
conseguir entender os cortes num contexto de cortes e dificuldades
vivido pelas escolas nos últimos anos elencando, entre outros
problemas, os problemas na colocação de professores, a falta de
técnicos especializados e as obras inacabadas nas escolas.
"A solução de compromisso que a
Confap tem vindo a defender nos últimos anos e recentemente
revigorada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, tem de começar
pelo próprio Governo, com sinais claros e inequívocos de querer
assumir um compromisso de responsabilidade na prossecução de
políticas educativas que proporcionem a defesa do superior
interesse das crianças e dos jovens e assim da salvaguarda do
futuro nacional, que parece afastar-se de forma evidente do
contexto europeu", reiterou a Confap.
O comunicado acrescenta ainda que
"o desígnio nacional de termos uma escola para todos e de inclusão
não deve ser colocado em causa", defendendo-se ainda que "não se
entende como pode a educação pública não ser uma prioridade da
política governativa".
A Confap manifestou-se ainda
disponível para ajudar o Ministério da Educação "para evitar esta
redução orçamental e que pode causar consequências imprevisíveis no
estado da educação".
De acordo com a proposta de
Orçamento do Estado para 2015 o ensino básico e secundário perdem
no próximo ano, em relação a 2014, cerca de 700 milhões de euros.
No entanto, o ministro Nuno Crato contrariou esses números,
indicando que o corte real é de 200 milhões de euros.