Desemprego ameaça Segurança Social
Os avisos de Aveiro
Só em 2012 a Segurança Social
despendeu 2593 milhões de euros em subsídios de desemprego e em
programas de apoio ao emprego. O valor, que representa um
agravamento das despesas com os desempregados em cerca de 490
milhões de euros, comparativamente a 2011, ajuda a justificar o
pior saldo global que a Segurança Social apresentou em 2012
relativamente ao último quinquénio: 419 milhões de euros.
As conclusões do estudo da
Universidade de Aveiro (UA) garantem que o aumento das taxas de
desemprego, a par do crescente do número de reformados e do
decréscimo da taxa de natalidade, estão a contribuir para que em
2020 a Segurança Social possa apresentar um défice de 344 milhões
de euros. Um número que a acontecer, "coloca veementemente em causa
o futuro do Estado-Providência".
"A Segurança Social apresentou em
2012 o pior saldo global do último quinquénio", aponta Sónia
Oliveira, cuja tese de mestrado realizada no Departamento de
Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de
Aveiro analisou as consequências que a progressiva evolução do
desemprego tem induzido na sustentabilidade da Segurança
Social.
O estudo do DCSPT sublinha o
acréscimo da despesa com prestações sociais pela qual o sistema
previdencial é responsável, contas que, de 2011 para 2012,
aumentaram em 353,3 milhões de euros, totalizando um gasto de
21.105 milhões de euros.