Universidades mais internacionais com mais apoio
Reitor aprova plano do Governo
António Fidalgo, reitor da Universidade
da Beira Interior dá nota elevada ao plano do Governo, que aponta
para que as instituições nacionais sejam frequentadas por mais
estudantes, docentes e investigadores estrangeiros.
Para isso, vão ser disponibilizados
fundos europeus para apoiar projetos que se relacionem com este
objetivo. A ideia está presente no relatório "Uma estratégia para a
Internacionalização do Ensino Superior Português", apresentado no
final de setembro. "O ministério está de parabéns. Normalmente sou
muito crítico, mas acho que neste momento estamos a encontrar uma
estratégia", considera o reitor da Universidade da Beira Interior
(UBI), classificando o estudo coordenado por João Guerreiro como
"muito bem feito".
O documento propõe uma estratégia
global "que vá além de medidas já tomadas isoladamente por certas
instituições, com especial incidência na tónica do ensino, mas
também considerando a investigação científica e a transferência de
conhecimento para a sociedade e tecido económico".
O relatório inclui 40 recomendações
que deverão servir de base ao Plano de Ação para a
Internacionalização do Ensino Superior. As medidas centram-se em
quatro áreas: cooperação institucional e estratégica, mobilidade,
promoção e governança.
Entre as várias medidas estão a
definição de perfis de especialização para as academias e
condicionamento dos apoios públicos à adequação dos projetos a
desenvolver. Há também a sugestão de que seja multiplicada a oferta
de unidades curriculares (1º Ciclo)
e aumentado o número de mestrados e doutoramentos em língua
inglesa.
O documento, que está em discussão
até final de outubro, é mais um passo depois da criação do Estatuto
do Estudante Internacional, que aconteceu este ano, como recorda
António Fidalgo. "O Ensino Superior é um serviço que Portugal pode
exportar. É um bem de altíssimo valor acrescentado e que, portanto,
nos vai trazer dividendos a médio e longo prazo. Jovens aqui
formados voltam aos seus países e mantêm uma relação pessoal,
comercial, em todos os sentidos, com a sociedade portuguesa",
conclui o reitor da UBI.