Congresso nacional na ESACB
Veterinária gera emprego
A enfermagem veterinária é vista como
uma oportunidade de emprego e Castelo Branco está na lista de
escolas capazes de darem formação nesta área. A Escola Superior
Agrária (ESACB) é uma das cinco de todo o país que tem o curso na
sua oferta, uma aposta recente numa profissão "nova, emergente e
que precisa de se afirmar", considera o diretor Celestino
Almeida.
A escola do Instituto Politécnico
de Castelo Branco recebeu durante três dias o Congresso
Internacional de Enfermagem Veterinária, uma organização que
percorre o país desde a primeira edição, há quatro anos.
Manuel Vicente é o coordenador do
curso de enfermagem veterinária da ESACB e diretor do Centro de
Investigação em Zoonoses. O encontro que Castelo Branco recebeu
agora permite que os alunos "possam ter uma visão mais alargada da
sua área profissional quando forem para o mercado de trabalho". O
curso tem a duração de três anos, dos quais os últimos seis meses
são dedicados ao estágio. A ESACB não tem tido dificuldades em
encontrar quem queira receber os seus alunos.
"Numa fase inicial pensávamos que
não seria tão importante mas temos cada vez mais clínicas a
contactarem-nos, a pedirem indicação de enfermeiros veterinários
que queiram trabalhar com eles", diz o coordenador. A maioria dos
que terminam os cursos optam pelos animais de companhia. Manuel
Vicente nota nos últimos 15 anos uma gran de evolução nesta matéria
"não só em número de animais de companhia mas também na oferta de
clínicas". Uma oferta que trouxe mais exigência ao nível do
profissionalismo. O caminho que Portugal está a percorrer nesta
matéria começou há mais anos noutros países.
"Na Inglaterra o curso é
reconhecido hà volta de 30 anos e nasceu, fundamentalmente, virado
para os animais de companhia", situa Manuel Vicente. A moda em
redor de determinadas raças e até os programa de televisão ajudaram
à dar notoriedade a esta área, em que a especialização vai para
além do óbvio. Em Castelo Branco discutiu-se de tudo, desde o
comportamento dos animais na ida aos veterinário aos comportamentos
alimentares, reabilitação animal e até a acupunctura veterinária.
Entre os convidados estiveram colaboradores do curso albicastrense
e outros que não sendo da área da enfermagem veterinária podem
trazer novos conhecimentos "e reconhecem a necessidade do
enfermeiro na clínica", disse Celestino Almeida.