Portalegre: os novos desafios do IPP
Albano Silva tomou posse, no passado mês
de setembro, como presidente do Instituto Politécnico de
Portalegre. Aquele docente desempenhava o cargo de vice-presidente
há dois mandatos e há 24 anos que está ligado à instituição, tendo
desempenhado diferentes cargos diretivos.
Albano Silva aproveitou a sessão solene para recordar os
últimos oito anos que trabalhou com Joaquim Mourato: "foram dois
mandatos que acrescentaram muito ao IPP internamente, na
organização estratégica, na qualificação de recursos humanos e
ofertas formativas, no desenvolvimento de estruturas e
equipamentos, numa maior aproximação entre as unidades orgânicas;
mas também na sua relação com o exterior, aproximando mais o IPP da
região, dos parceiros e do território".
O novo presidente do IPP escolheu para seu vice. Luís Loures,
que desempenhava as funções de subdiretor da Escola Superior
Agrária de Elvas. "Para além do seu valor enquanto professor e
investigador, para além do conhecimento que tem do Instituto
através de diferentes estruturas e órgãos a que pertence, para além
da sua juventude, otimismo e alegria contagiantes, Luís Loures
tornará ainda mais curta a distância entre Elvas e Portalegre,
facilitando a aproximação entre as Escolas. e contribuindo para um
IPP mais próximo e mais unido", justificou.
No entender de Albano Silva, "estes quatro anos vão ser
decisivos para preparar o IPP para a próxima década. O que formos
capazes de refletir e de transformar ao longo deste mandato será
decisivo para preparar a década de 2020 a 2030, uma década que vai
ter um decréscimo demográfico acentuado, nomeadamente de jovens",
disse.
O novo presidente do Politécnico de Portalegre considera que o
futuro da instituição "será construído numa interação cada vez
maior entre as suas Escolas Superiores de Educação e Ciências
Sociais, Tecnologia e Gestão, Saúde e Agrária de Elvas e as
unidades transversais, cada uma com autonomia e vida próprias, mas
fazendo do IPP uma realidade maior que a soma das partes".
Albano Silva adianta que "o crescimento do Politécnico tem que
assentar em dinâmicas de interação das suas Escolas, dos seus
cursos e dos seus docentes, entre si e com as estruturas
transversais que lhe dão um cunho de maior unidade. A constatação
que cada um de nós não vive sozinho e que faz parte de um todo que
todos temos que construir vai permitir com certeza um IPP maior e
mais unido, mas fundamentalmente mais próximo e mais
comprometido".
Por tudo isso, o presidente da instituição assegura que sua
visão "passa por um Politécnico próximo e comprometido que seja
âncora do desenvolvimento regional e que seja capaz de se
auto-renovar criticamente. Um Politécnico, âncora do
desenvolvimento regional, assente no conhecimento e na interação da
sua comunidade académica com os diferentes parceiros dos clusters
regionais". Um processo que deve envolver também "a contribuição
ativa dos seus diplomados e dos parceiros do tecido económico,
social, político, cultural e educativo".
O presidente do IPP diz que "iremos estar atentos aos projetos
estratégicos dos nossos parceiros, aos projetos estratégicos do
nosso território e dos nossos municípios para podermos estar
próximos e comprometidos com o seu desenvolvimento. É a nossa
obrigação, é a nossa missão regional. Temos que saber fazer
regressar ao IPP os nossos diplomados com a sua experiência do
mercado de trabalho, mas também os nossos aposentados, fontes de
experiência e de vida inesgotáveis".
O futuro do IPP deve, no entender de Albano Silva, estar
assente em quatro objetivos estratégicos: "ter um ensino de
qualidade e uma formação diferenciadora; ser uma comunidade de
investigação e desenvolvimento tecnológico promotora de
conhecimento e de respostas regionais inovadoras; ser uma
organização aberta com um ambiente internacional; e ter um
Politécnico inclusivo e sustentável".
Albano Silva não tem dúvidas em considerar que "o
Instituto Politécnico de Portalegre é hoje uma instituição com
qualidade, sustentabilidade e notoriedade. Isto foi conseguido com
o trabalho dos seus dirigentes, dos seus professores e funcionários
não docentes ao longo de mais de 30 anos".
Na mesma sessão, Albano Silva anunciou também a sua equipa, a
qual integra os dirigentes das Escolas, os administradores, do IPP
e dos SAS, os dirigentes dos serviços técnicos, os gestores dos
processos do SIG, os pró-presidentes para a Internacionalização,
para a Investigação e para o Empreendedorismo e Emprego que se vão
manter e continuar o trabalho meritório que têm vindo a realizar,
agora com novos desafios. Os docentes Carlos Afonso, João Emílio
Alves e Artur Romão têm a minha total confiança e apoio, como
sempre tiveram desde que foram nomeados a primeira vez para estes
cargos".