Vindos de Macau
Chineses chegam ao Politécnico
Os
primeiros 25 alunos chineses provenientes do Instituto Politécnico
de Macau que estão a estudar na Escola Superior de Educação de
Castelo Branco, no segundo ano da licenciatura em Ensino da Língua
Chinesa como língua estrangeira, foram recebidos na última semana
na instituição.
A sessão de boas vindas ocorreu no auditório daquela escola, no
passado dia 13, numa cerimónia que contou com as presenças do
vice-presidente do Politécnico, António Fernandes, do diretor da
escola, João Serrano, do responsável pelo Gabinete de Relações
Internacionais, João Pedro Luz, e dos docentes responsáveis, Maria
Natividade Pires, Teresa Gonçalves e Valter Lemos.
O IPCB explica que a presença dos alunos chineses em Castelo Branco
resulta da parceria existente entre os dois politécnicos, a qual
prevê que as instituições ministrem em conjunto as licenciaturas em
Português e em Ensino da Língua Chinesa como língua estrangeira.
Nesse sentido, o segundo ano de cada um dos cursos será ministrado
em Castelo Branco, através da Escola Superior de Educação.
Esta primeira edição que decorre com a licenciatura em Ensino da
Língua Chinesa como língua estrangeira traz até Castelo Branco 25
alunos do Politécnico de Macau, um número que a partir do próximo
ano aumentará para 50 ou 60 estudantes, já que também virão alunos
da licenciatura em Português cujo primeiro ano começou a funcionar
agora.
Carlos Maia, presidente do Politécnico albicastrense, explica, em
nota enviada ao nosso jornal, que "esta é uma importante etapa para
o IPCB e motivo de grande satisfação, porque a vinda destes alunos
traduz, por um lado, o reconhecimento por parte do Instituto
Politécnico de Macau da qualidade da formação ministrada no IPCB, e
por outro porque constitui a concretização das negociações
iniciadas há cerca de seis anos com o Instituto Politécnico de
Macau".
O presidente do IPCB recorda que "estes processos são morosos,
porque para além das questões pedagógicas e científicas, há também
questões formais a resolver, tendo em conta que é necessário
compatibilizar as regras vigentes nos dois países e, por vezes, até
nos dois continentes. Assim aconteceu com os responsáveis do
Politécnico de Macau e assim aconteceu com o Panamá, onde depois
dos primeiros contactos terem sido efetuados em 2014, foram-se
resolvendo algumas questões e este ano o IPCB vai receber pela
primeira vez também alunos do Panamá".
Na sessão de receção aos alunos, António Fernandes, destacou o
facto de ter sido criada uma equipa para a concretização desta
parceria, enquanto que João Serrano, destacou a importância deste
curso. "É muito bom termos aqui connosco estes alunos. As
dificuldades que tiverem aqui estaremos!", disse.
Uma das novidades desta parceria é o facto da Escola Superior de
Educação abrir um curso livre de língua chinesa, ministrado pela
docente do Politécnico de Macau, que acompanha os alunos ao longo
deste ano letivo em Castelo Branco. Um curso que é aberto a toda a
comunidade albicastrense.
A vinda da turma de 25 alunos chineses para Castelo Branco vem ao
encontro da estratégia do IPCB em captar alunos estrangeiros para
as suas escolas. Carlos Maia explica que o Politécnico tem feito
uma forte aposta nessa matéria e que os "efeitos são muito
positivos".
Aquele responsável recorda que "apesar de ainda não terem terminado
toda as fases de candidatura, o IPCB já tem matriculados no
presente ano letivo 135 alunos ao abrigo do estatuto de estudante
internacional, em comparação com 78 do ano anterior".
O presidente do IPCB diz que este ano vão estudar nas escolas do
Politécnico alunos de 38 nacionalidades, a saber: Polónia, Espanha,
Eslovénia, Hungria, República Checa, Turquia, China, Grécia, India,
Holanda, França, Itália, Lituânia, Roménia, Bósnia, Bulgária,
Brasil, México, Cabo Verde, Peru, Panamá, Colômbia, Moçambique,
Moldávia, Timor, São Tomé e Príncipe, Angola, Argentina, Ucrânia,
Alemanha, Guiné Bissau, Suíça, Inglaterra, Irão, Palestina, Rússia,
Croácia e Japão.