É a única universidade parceira em infraestuturas
Évora reforça Europa
A Universidade de Évora
(UÉ) é a única instituição portuguesa parceira em três
Infraestruturas Europeias de Investigação, em Ciências do
Património, Ecossistemas e Astrofísica, aprovadas no âmbito do
Programa Europeu Horizonte 2020 com um financiamento global na
ordem dos 14 milhões de Euros, distribuído por 87 instituições
parceiras. Isso mesmo é referido no seu jornal on line.
À frente das equipas de investigação portuguesas das
Infraestruturas AQUACOSM-plus IPERION HS, e ACTRIS estão os
cientistas Miguel Araújo, António Candeias e Daniele Bortoli,
respetivamente.
Como pode ser conservada a biodiversidade face aos desafios atuais
e futuros? Do Mediterrâneo ao Ártico, AQUACOSM-plus estuda cenários
de mudanças climáticas.
É com base na informação recolhida em mesocosmos, pequenas réplicas
do ambiente que, em condições controladas, permitem caracterizar os
ecossistemas, das bactérias aos vertebrados, que a equipa de
investigação da Cátedra "Rui Nabeiro" em Biodiversidade,
pertencente ao Instituto para a Agricultura, Ambiente e
Desenvolvimento no Mediterrâneo (MED) se propõe realizar testes de
cenário para as mudanças climáticas, posicionando-se na linha da
frente da investigação em alterações climáticas nos ecossistemas
aquáticos, desde o Mediterrâneo ao Ártico.
Com a entrada nesta infraestrutura europeia de investigação, a UÉ
passa a integrar uma das principais infraestruturas de mesocosmos
da Europa, a AQUACOSM-plus - Network of Leading Ecosystem Scale
Experimental AQUAtic MesoCOSM Facilities Connecting Rivers, Lakes,
Estuaries and Oceans in Europe and beyond-, sendo a equipa da UÉ a
única parceira portuguesa no consórcio liderado pela alemã FVB -
Forschungsverbund Berlin EV, que conta com 30 parceiros do meio
académico e empresarial, em 16 países.
Este é um reforço desta linha de investigação que dá continuidade
às atividades da Rede Ibérica de Lagoa, instalada em 2014, com um
total de 192 mesocosmos, distribuídos por 2 localizações em
Portugal e 4 em Espanha, pretendendo-se, com esta distribuição
geográfica em diferentes ambientes (semi-árido, mediterrâneo,
temperado e alpino), fornecer informação sobre os efeitos das
mudanças climáticas, biogeografia, interações bióticas,
biodiversidade e processos ecossistémicos em vários gradientes.