Universidade

Prémio Santander e Casa América Latina
Investigador de Évora vence prémio científico

evora_quartin.jpgLuís Fialho, investigador da Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora (UÉ), venceu o Prémio Científico Mário Quartin Graça 2019 (numa parceria entre o Banco Santander e a Casa da América Latina) , na categoria de Tecnologias e Ciências Naturais, com a tese que defendeu na Universidade de Évora, propondo uma nova abordagem para resolver o problema do armazenamento da energia fotovoltaica.
"A tese passou por pegar numa tecnologia inovadora de armazenamento de energia - as baterias de fluxo de vanádio" onde é armazenada energia, e aplicá-las a edifícios de serviços, a indústrias e mesmo em centrais fotovoltaicas", explicou, ao site da própria universidade, Luís Fialho, doutorado em Engenharia Mecatrónica e Energia, que propôs uma nova forma de armazenar energia solar.
O investigador explicou que a vantagem deste método "é que neste momento a tecnologia dominante do armazenamento de energia, baseia-se em baterias de iões de lítio, como as que temos nos nossos telemóveis e computadores, só que em tamanho gigante". "O grande problema que temos e com que todos os utilizadores se deparam relativamente a essas baterias é a degradação que elas têm com o tempo: se fizermos muitos ciclos de carga-descarga acabam por ter um tempo de vida de alguns anos apenas", sublinha.
Luís Fialho explica ainda que "para aumentarmos a penetração dessas energias renováveis na nossa sociedade, vamos ter de ter armazenamento de baixo custo e são este tipo de soluções que vão permitir chegar aí", pelo que a visibilidade que este prémio traz a estas questões desenvolvidas na sua investigação é uma grande mais-valia.
O júri foi constituído por: Arlindo Oliveira, presidente do Instituto Superior Técnico; João Proença, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto; Pedro Cardim, professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; João Paulo Velez, diretor de Comunicação e Marketing Corporativo do Santander Portugal; e Manuela Júdice, secretária-geral da Casa da América Latina.
Na área da Contabilidade, Marcello Angotti, investigador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, nas Humanidades, Camila Marchioro, da Universidade Federal do Paraná, em colaboração com a Universidade do Porto e a Nova de Lisboa, foram outros investigadores distinguidos com o Prémio Científico Mário Quartin Graça, uma parceria entre o Banco Santander e a Casa da América Latina, que celebra este ano a sua 10ª edição, que tem por objetivo promover o mérito das teses de doutoramento que resultam da colaboração entre universidades de Portugal e da América Latina.
Os três investigadores, selecionados entre 90 candidaturas a concurso, recebem individualmente um prémio no valor de 5.000 euros, entregues no mês de dezembro, numa cerimónia a decorrer em data e local a anunciar.

 
 
 
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