Conheça o novo regulamento
Bolsas de estudo: Ministério exige sucesso escolar aos bolseiros
O Governo vai destinar 44 milhões
de euros do Orçamento do Estado para as bolsas de estudo do ensino
superior e conta com os fundos europeus para tentar manter os 130
milhões gastos no ano passado.Em conferência de imprensa de
apresentação do novo regulamento de bolsas de estudo do ensino
superior, em Lisboa, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato,
afirmou que o Governo vai fazer um "esforço financeiro muito
grande" para manter o nível de investimento nos apoios sociais aos
estudantes universitários.
Questionado se o Governo pondera aumentar ainda mais a exigência de
aproveitamento para manter as bolsas - em 2012/2013 a exigência vai
subir de 50 por cento de aproveitamento para 60 por cento -, Nuno
Crato admitiu que "é possivel que venha a subir mais".
Nuno Crato indicou que subir o nível de exigência "é um incentivo
para que [os alunos] aproveitem melhor o seu tempo".
Nuno Crato frisou que o novo regulamento vem já acompanhado das
normas técnicas para a sua aplicação, pelo que tem "um mês de
avanço" em relação ao que tem acontecido em anos letivos
anteriores.
O secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró, afirmou que
a Direção-Geral do Ensino Superior espera que as escolas enviem o
mais depressa possível os processos completos dos alunos para que
se comece a processar o pagamento de bolsas.
O governante afirmou esperar que as bolsas fiquem pagas até ao fim
de outubro, referindo que ficaria "muito triste" se tal não
acontecesse, frisando que "quanto mais completos" os processos
estejam mais depressa as bolsas serão pagas.
João Queiró ressalvou que ainda é muito cedo para saber quantos
alunos no total receberão bolsa, lembrando que ainda faltam duas
fases do concurso de acesso ao ensino superior. Em relação às
novidades introduzidas no novo regulamento das bolsas, João Queiró
referiu que o Governo introduziu escalões na avaliação de
elegibilidade dos alunos para receberem bolsas.
O valor da bolsa que recebem é influenciado pelo património
mobiliário (dinheiro no banco ou em aplicações financeiras) das
famílias: quando a família tiver até 10 mil euros no banco a bolsa
reduz-se em 5%, entre 10 mil e 40 mil o corte é de 10% e de 40 mil
a 100 mil euros a redução é de 20%.
Mantém-se do ano anterior a disposição de não aceitar pedidos de
bolsa de alunos cujos agregados familiares tenham mais de 100 mil
euros de património mobiliário.
Os valores das bolsas são calculados sobre os rendimentos ilíquidos
das famílias e cada membro passa a contar como uma unidade no
cálculo do agregado familiar, uma medida que beneficia as famílias
mais numerosas, uma vez que o rendimento "per capita" fica
menor.
Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a
Estudantes do Ensino Superior 2011 - VEJA AQUI
Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico