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Manual de excelência
Educação para os média em livro

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O Livro Educação e Média: da teoria ao terreno, coordenado por Vitor Tomé e Helena Menezes, foi apresentado, no passado dia 20 de Setembro, em Castelo Branco, e encerrou com chave de ouro o projecto Educação para os media na região de Castelo Branco. Um projecto que foi desenvolvido, entre 2007 e 2011, no Distrito de Castelo Branco, tendo envolvido 24 escolas e agrupamentos de escolas, cerca de 150 professores e mais de 500 alunos.

O projecto contou com uma equipa de investigação de cinco instituições de Ensino Superior portuguesas e três estrangeiras (Espanha, França e Itália), além de um vasto número de colaboradores, entre eles profissionais de Comunicação Social, docentes do Ensino Superior, especialistas em media e multimédia.

O projecto foi financiado pelo Semanário Reconquista e pela Fundação para a Ciência e para a Tecnologia e teve como instituição de acolhimento a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Com um prefácio muito elucidativo de Sara Pereira, da Universidade do Minho, o livro facilmente nos transporta para aquilo que são algumas das tendências actuais da educação, através de artigos escritos por investigadores conceituados nacional e internacionalmente casos dos professores doutores João Ruivo (Instituto Piaget e director a Edutopia), Helena Mesquita (Politécnico de Castelo Branco), Jacques Gonnet (Universidade de Paris), Vitor Reia-Baptista (Universidade do Algarve), Ignacio Aguadade (Universidade de Huelva), Yamile Sandoval (Universidade Santiago de Cali - Colômbia), e Fifi Schwarz (Programa educativo de media em Amesterdão).

O livro tem dois objectivos fundamentais.

Em primeiro lugar apresenta os resultados finais do projecto Educação para os Media na Região de Castelo Branco, desenvolvido entre 1 de Outubro de 2007 e 31 de Março de 2011.

Em segundo lugar enquadra esses resultados nas tendências actuais da Educação. Fá-lo recorrendo a quatro línguas diferentes: é, por isso, um livro que resulta de um projecto com investigadores de quatro países (Portugal, Espanha, França e Itália).

Num segundo capítulo surgem outros artigos de elevada qualidade. Vitor Tomé, Helena Menezes, João Ruivo e Lídia Barata. Os autores apresentam-nos, os resultados, a organização do trabalho e sua evolução, a frequência de utilização dos recursos disponibilizados, bem como o impacto do projecto (alterações no processo de produção do jornal escolar, capacidades desenvolvidas pelos alunos, vantagens e dificuldades sentidas e propostas futuras).

O artigo descreve sumariamente as alterações verificadas nos jornais escolares das escolas aderentes entre 2008/2009 e 2009/2010. Finalmente, são apresentados a organização o desenvolvimento e os resultados de uma acção de formação, certificada, oferecida pelo projecto, na qual participaram 150 docentes, do Pré-escolar ao Secundário.

É neste capítulo que surgem ainda o artigo de Guilhermina Lobato Miranda e de Sónia Silva (que resultou da tese de mestrado sobre o projecto).

O último capítulo dá conta da avaliação do projecto, onde o docente da Universidade Católica de Milão, Pier César Rivoltella, e a responsável pelo Instituto Clemi do Ministério da Educação de França, Evelyne Bevort, dão nota positiva.

Actualmente é praticamente impossível evitarmos o contacto com os média, com as suas mensagens e aquilo que elas representam. Dos média tradicionais, como jornais, rádio, televisão, cartazes, ou até mesmo outdoors, aos média digitais, como Internet, telemóvel, DVD, Ipod, MP3 ou MP4, verifica-se uma presença constante na sociedade.

Poderemos ainda acrescentar que eles desempenham um papel importante no que respeita à informação que recebemos acerca do mundo. Mas mais que isso, é aos média que recorremos para comunicar e para produzirmos mensagens.

Esta evolução e a importância que é dada cada vez mais aos média, torna compreensível o facto de, actualmente, os indivíduos receberem mais informação a partir dos média do que, por exemplo na escola.

Acontece que essa a informação deve saber ser interpretada pelo receptor. As mensagens média não são uma janela para a realidade, mas sim representações da realidade.

Torna-se por isso fundamental que enquanto produtores de mensagens média, termos em consideração estes aspectos e este projecto provou-o.

De resto a sua importância foi também destacada pela Associação Mundial de Jornais, que atribuiu ao Reconquista uma menção honrosa pelo trabalho desenvolvido.

 
 
 
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